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Poucas esperanças para sobreviventes de 150 desaparecidos por enchentes no Paquistão

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As chances de encontrar vivos os 150 desaparecidos após as fortes chuvas no norte do Paquistão diminuíram neste domingo (17). As inundações severas causadas pela monção deixaram quase 350 mortos, enquanto equipes de resgate e moradores continuam a vasculhar os escombros há três dias.

Desde quinta-feira, as chuvas intensas provocaram inundações repentinas, deslizamentos de terra e o transbordamento de rios, arrasando vilarejos inteiros e prendendo muitos moradores sob os escombros.

A maioria das vítimas foi levada pelas enchentes súbitas, que destruíram suas casas, ou faleceu devido a choques elétricos.

Na província montanhosa de Khyber-Pakhtunkhwa, na fronteira com o Afeganistão, foram registradas 317 mortes em apenas dois dias.

No distrito de Buner, aproximadamente 208 pessoas perderam a vida, e Asfandyar Khattak, diretor da autoridade provincial de gestão de desastres, informou que cerca de 150 continuam desaparecidas, possivelmente presas sob os escombros ou arrastadas pela correnteza.

De acordo com Bilal Ahmed Faizi, porta-voz do serviço provincial de resgate, as possibilidades de sobrevivência dessas pessoas são muito pequenas, e cerca de dez vilarejos foram completamente destruídos.

Entretanto, 2.000 socorristas designados continuam a buscar incansavelmente entre os destroços, trabalhando lado a lado com os moradores locais.

Mohammed Khan, residente do distrito afetado, relatou que apesar da tristeza ao encontrar cada corpo, há também um sentimento de alívio por possibilitar que as famílias recebam seus entes queridos para o enterro.

Os esforços de resgate enfrentam obstáculos como fortes chuvas, deslizamentos e estradas bloqueadas, o que impede o acesso de ambulâncias, forçando os socorristas a caminhar até as áreas afetadas. Para facilitar o acesso, os moradores estão cortando árvores para abrir novas rotas.

Na sexta-feira passada, um helicóptero de resgate caiu, resultando na morte de cinco pessoas.

Desde o começo da temporada de monções, no final de junho, considerada excepcionalmente intensa pelas autoridades, mais de 650 pessoas morreram, incluindo cerca de 100 crianças, e 920 ficaram feridas.

Em Buner e outras regiões afetadas, os funerais tiveram início no sábado.

As autoridades alertam que as chuvas podem aumentar nas próximas duas semanas. O tenente-general Inam Haider, presidente da Autoridade Nacional de Gestão de Desastres, afirmou que a intensidade das monções deste ano está entre 50% e 60% maior do que no ano anterior.

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