PP e União Brasil apoiam bloqueio da oposição no Congresso

O PP e o União Brasil declararam, nesta quarta-feira (6), que irão aderir à medida de bloqueio promovida pela oposição tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal, em reação à prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Frente ao movimento legítimo de obstrução encabeçado pela oposição, a Federação União Progressista orientou suas bancadas a não registrarem presença em plenário hoje nas duas Casas”, afirma o comunicado.

“Seguimos firmes na defesa do diálogo como único caminho viável para buscarmos soluções que restauram a normalidade das atividades no Congresso Nacional. O Brasil precisa deixar essa fase para trás e concentrar-se em temas que enfrentem os desafios econômicos, sociais e de segurança do país”, acrescenta a nota, assinada pelos presidentes de ambos os partidos, Antônio de Rueda, do União Brasil, e Ciro Nogueira, do PP.

Na terça-feira (5), quando membros da oposição ocuparam a Mesa Diretora do Congresso para impedir votações, o presidente do PL dialogou com líderes partidários, iniciando pelas figuras de Rueda e Nogueira.

“O objetivo é identificar se contamos com cerca de 130 deputados e 20 senadores”, explicou o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ). “Estamos organizando o grupo para definir seu tamanho.”

Também há conversas em andamento com os presidentes do Republicanos, Marcos Pereira, e do PSD, Gilberto Kassab.

A soma das forças do União Brasil (59 deputados e 7 senadores) e do PP (51 deputados e 7 senadores) atinge 110 deputados e 14 senadores.

No mesmo dia, Ciro Nogueira visitou Bolsonaro e comentou: “Não vou negar que estava abalado, entretanto, ele permanece acreditando fortemente no nosso país”.

Na terça-feira, o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), do PP, classificou a prisão do ex-presidente como “excessiva” e afirmou que ela agrava as tensões em um país já dividido.