Preços das refeições no restaurante da UnB vão cair

A partir de janeiro de 2026, os valores das refeições no Restaurante Universitário (RU) da Universidade de Brasília (UnB) serão reduzidos. A decisão foi aprovada pelo Conselho de Administração da universidade nesta quinta-feira (4/12). Alunos de escolas públicas pagarão R$ 1,50 pelo café da manhã e R$ 2,50 para o almoço ou jantar; os demais estudantes pagarão R$ 2 e R$ 4,50 respectivamente.

Essa mudança irá beneficiar cerca de 8,5 mil alunos. Atualmente, os preços são de R$ 2,85 para o café da manhã e R$ 6,10 para o almoço e jantar. Além disso, os 11 mil estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica continuarão a ter acesso gratuito às três refeições diárias.

Rozana Naves, reitora da UnB, ressaltou que a aprovação dessa medida demonstra o compromisso da gestão com a permanência dos estudantes na universidade.

“A aprovação dessa medida é um passo muito importante para a nossa comunidade e um compromisso que assumimos quando tomamos posse na Reitoria. Estamos falando de permanência, de garantir que mais estudantes tenham condições reais de prosseguir nos estudos com tranquilidade. Esse resultado foi alcançado porque construímos o processo de forma aberta, responsável e participativa”, enfatizou Rozana Naves.

A decisão foi tomada após um amplo diálogo envolvendo diversos setores da comunidade acadêmica. Os preços, que estavam congelados desde 2018, começaram a ser revisados em maio de 2025, quando a Reitoria formou um grupo de trabalho para avaliar possíveis alternativas.

Esse grupo foi composto por estudantes de graduação e pós-graduação, servidores técnico-administrativos e representantes da Administração Superior. Com base nos estudos realizados, foram elaborados três cenários, posteriormente submetidos à votação dos estudantes. O modelo escolhido obteve 49% dos votos.

Para garantir a viabilidade da medida, a Universidade aumentará o subsídio anual do RU em cerca de R$ 2 milhões, provenientes da realocação de recursos e de um aporte adicional.

Essa revisão dos preços ocorre mesmo em um contexto orçamentário desafiador para 2026, que prevê uma redução de R$ 5,5 milhões na Proposta de Lei Orçamentária Anual (PLOA) em comparação ao ano anterior, além do impacto da Desvinculação das Receitas da União (DRU).