Economia
Preços dos alimentos vão continuar caindo, diz ministro

O orçamento das famílias brasileiras teve um alívio no mês de agosto. Em entrevista ao programa A Voz do Brasil, nessa quarta-feira (10), o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, afirmou que o arroz se destacou por ter preços acessíveis nas prateleiras dos supermercados.
Alguns dos principais produtos da cesta básica que tiveram queda nos preços em agosto foram o tomate (-13,39%), a batata-inglesa (-8,59%), a cebola (-8,69%), o arroz (-2,61%) e o café moído (-2,17%). Nos combustíveis, também houve redução: a gasolina recuou 0,94%, o etanol caiu 0,82% e o gás veicular diminuiu 1,27%.
Paulo Teixeira destacou a redução no preço do saco de arroz de cinco quilos, comentando que, no ano passado, o valor estava em torno de R$ 27 a R$ 30, mas agora está entre R$ 15 e R$ 18.
O ministro ressaltou que a forte produção agrícola brasileira tem sido fundamental para essa queda nos preços. Ele adiantou os resultados do último Levantamento da Safra de Grãos 2024/2025, que marcou um recorde.
Segundo Paulo Teixeira, este é o terceiro ano consecutivo com recorde de safra, resultado que será anunciado oficialmente no dia 11 de setembro. Além disso, destacou que o Plano Safra vem registrando investimentos expressivos, aproximando-se de R$ 500 bilhões, incluindo R$ 78 bilhões destinados à agricultura familiar, que conta com juros subsidiados e negativos.
Com a queda nos preços dos grupos de habitação, alimentação e bebidas, o Brasil apresentou inflação negativa de 0,11% em agosto, o que se mostrou 0,37 ponto percentual abaixo do índice de julho, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Este foi o primeiro índice negativo desde agosto de 2024 e a mais significativa baixa desde setembro de 2022. No acumulado de 2025, a inflação chegou a 3,15% e, em 12 meses, a 5,13%, valor inferior aos 5,23% observados nos 12 meses anteriores.
O ministro explicou que essa tendência de queda nos preços não está relacionada ao aumento tarifário anterior, ocorrido em junho. Pelo contrário, desde então, os preços dos alimentos estão em deflação e a expectativa é que essa tendência continue, com o governo atuando de forma ativa.
Paulo Teixeira ainda destacou que o presidente Lula tem como uma das principais prioridades controlar a inflação no país.

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