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Prefeitura confirma segunda morte por dengue na capital paulista em 2015

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A Secretaria da Saúde de São Paulo informou nesta segunda-feira (16) que um menino de onze anos, morador do Jardim Miriam, Zona Sul de São Paulo, morreu por dengue na capital paulista. É a segunda morte pela doença registrada na cidade neste ano de 2015. Uma idosa de 84 anos, moradora da Brasilândia, morreu em 28 de janeiro.

A cidade de São Paulo registrou 1.833 casos de dengue confirmados até a oitava semana de 2015. O número é três vezes maior que o contabilizado no mesmo período de 2014, quando ocorreu 603 casos.

Os dados foram apresentados na quinta-feira (12) pelo secretário-adjunto municipal da Saúde, Paulo Puccini, na sede da Prefeitura.

A região Norte da cidade segue liderando o índice de incidência, com 976 casos. O bairro do Limão foi um dos mais afetados, com 104. “É uma ocorrência elevada, desproporcional, que precisa ser combatida de forma desproporcional”, disse Puccini sobre a região.

Dentre as ações previstas, ele mencionou o trabalho em conjunto com a Defesa Civil e demais secretarias. “Envolvimento mais rápido e intenso das nossas secretarias, Defesa Civil, educação e saúde. O que nós estamos fazendo é o correto que tem que ser feito.”

O secretário citou como exemplo a presença de 32 viaturas da Defesa Civil, com sistema de alto-falante, que circulam pelos bairros com maior incidência informando a importância do controle. Sete deles estão concentradas no Limão, no Jaraguá, e na Brasilândia, três bairros mais afetados da Zona Norte.

Fumacê
Também foi intensificada a aplicação do inseticida na região. O procedimento, conhecido como fumacê, é realizado nas áreas mais críticas. A Zona Norte é responsável por 53% dos casos de dengue registados nos dois primeiros meses do ano.

Apesar do cenário, Paulo Puccini negou que a região esteja vivendo uma epidemia. “Epidemia em dengue todo mundo gosta de falar, mas não existe uma base real científica para falar. Mas é uma ocorrência elevada, desproporcional em relação ao restante do município, que precisa ser combatida de forma mais intensa”.

Crise hídrica
A Secretaria Municipal da Saúde realizou uma pesquisa sobre a densidade de larvas para identificar a situação da presença da larva do mosquito transmissor e criadouros nos domicílios ocupados.

Segundo o secretário, os dados mostram um aumento significativo em recipientes como caixas d’água e baldes. Para Puccini, a crise hídrica é em corresponsável pela elevação dos números. “Os recipientes de armazenamento de água que não existiam ano passado passaram a existir como criadouros de uma forma muito expressiva, três vezes ao que ocorreu em 2014”, disse.

“A dengue vem se manifestando sobretudo na Zona Norte que é a área mais penalizada pela falta de água”, completou. Para ele, o problema não é gerado por conta da falta de cuidado no armazenamento da água. “A culpa é do não adequado tamponamento da caixa d água.”

Fonte: G1

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