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Prefeitura corta R$ 132 milhões de investimento em transporte de SP para pagar subsídio de passagens
Secretário disse que cortes em investimentos são necessários para manter o transporte funcionando. Rombo dos subsídios podem chegar a R$ 3 bilhões, segundo Prefeitura.
A Prefeitura de São Paulo anunciou nesta quinta-feira (27) que vai retirar R$ 132 milhões de investimentos e obras de corredores e terminais de ônibus para cobrir as contas do subsídio das passagens às empresas, segundo informou o SP2.
Em decreto assinado pelo prefeito em exercício, o vereador Milton Leite (DEM), a Prefeitura retira R$ 70 milhões de investimento em corredores e R$ 62 milhões que seriam investidos em terminais de ônibus (construção de novos e reforma dos antigos).
O decreto cortou, ainda, os R$ 19 milhões para a reforma e ampliação do Autódromo de Interlagos, que a gestão João Doria planeja privatizar. O dinheiro vai para compensações tarifárias do sistema de ônibus.
Rombo dos subsídios
Sem a licitação para o novo serviço transporte, o rombo dos subsídios das passagens a empresas de transporte vem crescendo. O valor subiu de R$ 800 milhões em 2009 para R$2,9 bilhões em 2016. Neste ano, o valor já chegou ao teto previsto no orçamento: cerca de R$ 1,8 bilhão.
A previsão da Prefeitura é que o valor pode alcançar novamente R$ 3 bilhões de déficit no fim deste ano. O rombo, segundo informou o SP2, ficou ainda maior por causa do congelamento da tarifa de ônibus.
O secretário municipal da Fazenda, Caio Megale, disse que os cortes nos investimentos são necessários para manter o transporte funcionando e que outras obras e serviços importantes da cidade podem ter que ficar para depois.
“Mesmo dentro dessas áreas mais importantes, transporte, por exemplo, você tem o dia a dia, que é o transporte das pessoas, o subsidio à tarifa pública. E tem as grandes obras de infraestrutura relacionadas a transporte”, disse. “Quando o dinheiro é limitado, quando os recursos são limitados, você tem que escolher. E a escolha é por manter o dia a dia funcionando e postergar essas grandes obras de infraestrutura”, completou.
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