Notícias Recentes
Prefeitura de São Paulo para show após manifestação a favor da Palestina

A banda Sophia Chablau e o grupo Uma Enorme Perda de Tempo relatam que tiveram a apresentação interrompida na praça do Patriarca, no centro de São Paulo, no final da tarde de sexta-feira (11/7), afirmando terem sido censurados.
Segundo os artistas, a interrupção foi motivada por uma manifestação em apoio à Palestina.
O coletivo se apresentava durante a Semana do Rock, evento organizado pela Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura de São Paulo.
Em comunicado nas redes sociais, a banda declarou que, ao exibir no telão as bandeiras da Palestina e de outras nações do Sul Global, que compartilham histórias de colonização e desafios sociais e econômicos, as imagens foram removidas.
“Após muitas reclamações e indignação tanto de nós quanto do público, o som foi cortado pela prefeitura da capital paulista e recebemos ameaças de multa. Nada em nosso contrato previa qualquer tipo de restrição e expressar apoio à Palestina não é proibido em nosso país”, afirmou o grupo, que teve o restante do set list reduzido de sete para apenas duas canções.
Para os músicos, o ocorrido é contrário ao espírito do rock.
“O rock é insubordinação e quebra de regras. Estamos tristes porque nosso show sempre foi político e estávamos emocionados de tocar para vocês. Pedimos desculpas aos que compareceram e não puderam ouvir todas as músicas. O que aconteceu é inaceitável em uma democracia”, completou a banda.
Posição da Prefeitura
A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, informou que desligou o painel de LED e reduziu o volume do som por precaução.
A medida teria sido causada por discursos e imagens que violaram cláusulas contratuais, incluindo ofensas a terceiros.
Diferentemente do relato da banda, a secretaria assegura que o show teve seu término normal.
“As manifestações são responsabilidade exclusiva dos artistas e não refletem a posição oficial da Prefeitura, que reafirma seu compromisso com a liberdade artística dentro dos limites legais da administração pública”, concluiu em nota.

Você precisa estar logado para postar um comentário Login