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Prefeitura prepara novo censo da população em situação de rua

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A Prefeitura de São Paulo comunicou que está organizando um novo levantamento da população em situação de rua na cidade. A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) confirmou essa informação ao Metrópoles.

De acordo com a secretaria, os procedimentos para a execução do censo já foram iniciados e atualmente estão na fase de aprovação do orçamento. Entretanto, a secretaria não informou uma data precisa para o início da coleta dos dados.

“A pesquisa terá início após a assinatura do contrato com a empresa ou instituto de pesquisa que vencer o pregão eletrônico”, explicou a secretaria, que também não especificou quando será publicado o edital para a contratação da organização responsável por realizar o levantamento.

O processo do censo está dividido em três etapas que deverão ocorrer ao longo de 280 dias após a contratação.

Etapas do levantamento

  1. A primeira etapa consiste na pesquisa censitária focada na população adulta em situação de rua.
  2. Na segunda fase, a empresa selecionada fará a caracterização socioeconômica dessa população, fornecendo dados detalhados sobre o perfil dos moradores de rua.
  3. Por fim, a terceira etapa inclui a elaboração de um relatório temático que identifica as principais necessidades deste grupo.

A realização desse censo é mandatória pela legislação municipal e deve ocorrer a cada quatro anos. O levantamento anterior, conduzido em 2021 durante a administração de Bruno Covas (PSDB), teve seus resultados divulgados em 2022.

Na ocasião, o estudo identificou que 31.844 pessoas viviam nas ruas paulistanas, o que representa um crescimento de 31% em relação ao censo de 2019, quando foram contabilizadas 24.344 pessoas em situação de rua.

O intervalo entre os dois levantamentos anteriores foi menor do que o previsto em lei, pois o ex-prefeito Bruno Covas adiantou o processo para avaliar os efeitos da pandemia sobre essa população. Atualmente, o novo censo se aproxima do prazo máximo previsto pela legislação municipal.

Organizações ligadas à assistência social e que defendem os direitos das pessoas em situação de rua criticam a prefeitura pela demora em iniciar o levantamento. Em reunião realizada na Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de São Paulo, no dia 14 de agosto, representantes dessas entidades reivindicaram uma resposta da gestão Nunes para que o censo seja iniciado.

“As vagas em abrigos precisam estar alinhadas ao levantamento do censo. Se o aumento da população em situação de rua não for comprovado, há risco até de redução dessas vagas”, ressaltou Alderon Pereira, do Fórum da Cidade em Defesa da População de Rua.

Levantamento do Observatório da População de Rua da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) indica que, em julho deste ano, havia 99.626 paulistanos inscritos no CadÚnico do governo federal como pessoas em situação de rua.

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