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Presidente da Colômbia enfrenta dificuldades para reabastecer avião devido a sanções dos EUA
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, enfrentou dificuldades para reabastecer seu avião presidencial após sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos, em meio a uma crise diplomática com o governo anterior de Donald Trump, conforme informado pelo ministro do Interior na quinta-feira (30).
Durante uma escala para reabastecimento em Madri, os funcionários do aeroporto principal da Espanha negaram o serviço de recarga de combustível.
Após negociações com o governo espanhol liderado por Pedro Sánchez, a aeronave foi direcionada a uma base militar para reabastecimento. Petro expressou agradecimento à “ajuda do Reino da Espanha” para continuar sua viagem rumo a Riade, no Catar e no Egito.
Armando Benedetti explicou que as empresas responsáveis pelo fornecimento de combustível, limpeza e serviços de escala são majoritariamente americanas, e que, devido à inclusão de Petro na lista OFAC, que envolve rígidas sanções financeiras, os serviços foram recusados, forçando o reabastecimento numa base militar.
Washington aplicou sanções econômicas ao presidente, à primeira-dama, a um dos filhos do casal e ao ministro Benedetti.
Segundo Benedetti, apesar dos avisos contra a viagem pela complexidade envolvendo o reabastecimento, Petro insistiu em seguir, demonstrando determinação em não se isolar.
O ministro também revelou que o cartão de crédito de Petro foi bloqueado e que ainda não há solução definida para questões bancárias.
O governo Trump revogou o visto de Petro, acusando-o de envolvimento com o narcotráfico, além de retirar a Colômbia da lista de países aliados no combate às drogas, numa série de medidas motivadas pela alegada insuficiência do país em conter o narcotráfico.
As relações comerciais e militares entre Colômbia e Estados Unidos, historicamente próximas, enfrentam atualmente uma das maiores crises.
O presidente colombiano rejeita as ações dos EUA contra supostas embarcações do narcotráfico no Caribe e Pacífico, nas quais Washington eliminou ao menos 62 indivíduos considerados narcotraficantes. Bogotá considera estas mortes como execuções sem julgamento legal.

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