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Presidente da Colômbia nega envolvimento dos EUA em plano contra ele

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Gustavo Petro, presidente da Colômbia, enviou em junho uma carta para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, onde esclarece que não teve a intenção de acusar sem provas o governo americano em relação a um suposto plano para derrubá-lo, segundo confirmou o Ministério das Relações Exteriores nesta segunda-feira (7).

A carta foi enviada antes da crise que aconteceu na quinta-feira (3), quando ambos os países convocaram consultas com seus principais representantes diplomáticos. As relações alcançaram seu ponto mais tenso após as acusações do presidente colombiano sobre uma suposta conspiração, envolvendo políticos republicanos, para removê-lo do cargo.

“Reconheço que algumas das minhas palavras podem ter sido interpretadas como duras demais. Em busca do diálogo, quero deixar claro que meu objetivo é abrir portas para a conversa, não fechá-las”, diz a carta divulgada pela mídia local, embora sem a assinatura do líder de esquerda.

Os Estados Unidos chamaram para consultas seu encarregado de negócios na Colômbia, classificando as declarações do governo colombiano como “repudiáveis e infundadas”. Por sua vez, a Colômbia convocou seu embaixador.

No começo de junho, Petro mencionou o secretário de Estado americano, Marco Rubio, em uma suposta trama golpista da “extrema-direita” dos dois países, porém depois se retratou e afirmou que Rubio não estava envolvido no plano para removê-lo do poder.

No final do mês, o jornal espanhol El País divulgou áudios do ex-chanceler Álvaro Leyva discutindo uma possível conspiração para tirar Petro da presidência, caso que está sob investigação da Procuradoria.

“Não tive intenção de acusar ninguém pessoalmente ou de questionar sem base o papel dos Estados Unidos”, reforça a carta datada de 23 de junho.

“Acredito que é momento de superar os mal-entendidos e olhar para o futuro”, acrescenta.

Petro e Trump tiveram atritos frequentes em temas como a deportação de migrantes e disputas comerciais.

Esse momento difícil acontece também em meio à incerteza no Ministério das Relações Exteriores colombiano, após a renúncia da chanceler Laura Sarabia em 3 de junho.

Os Estados Unidos são os principais parceiros comerciais e militares da Colômbia, especialmente na cooperação contra o narcotráfico.

Nos próximos meses, Washington irá decidir sobre a renovação da certificação da Colômbia como aliada na guerra antidrogas, enquanto o país enfrenta novos recordes de cultivo de drogas ilegais.

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