Centro-Oeste
Presidente do BRB confirma que ação da PF é legítima
Paulo Henrique Costa, afastado da presidência do Banco de Brasília (BRB) por ordem judicial, se pronunciou sobre a operação realizada pela Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (18/11).
Ele afirmou que toda investigação feita pelas autoridades competentes é legítima, necessária e contribui para o fortalecimento das instituições, além de garantir transparência no sistema financeiro.
Segundo Paulo Henrique, aquisições de carteiras fazem parte das operações usuais do mercado financeiro. No caso do Banco Master, o BRB identificou, no primeiro quadrimestre, divergências na documentação de algumas operações, comunicou o Banco Central do Brasil e promoveu a substituição da maioria dessas carteiras.
Após identificar essas irregularidades, o BRB revisou documentos, reforçou controles e ajustou processos para reduzir riscos e proteger a instituição.
Paulo Henrique reafirmou seu compromisso de colaborar plenamente com as autoridades e de fornecer todas as informações necessárias para esclarecer os fatos, destacando sua dedicação à transparência e legalidade em suas ações e confiança na investigação para trazer os esclarecimentos devidos.
A Justiça determinou o afastamento de Paulo Henrique por 60 dias da presidência do BRB, além do afastamento do diretor financeiro, Dario Oswaldo Garcia Júnior. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na sede do banco, no Distrito Federal, e em outros locais.
Na manhã desta terça-feira, a Polícia Federal deflagrou a Operação Compliance Zero, que investiga um esquema de emissão e negociação de títulos de crédito falsos envolvendo o Banco Master e outras instituições do sistema financeiro nacional. Foram cumpridos mandados de prisão preventiva, prisão temporária e busca e apreensão em cinco estados.
A operação ocorreu logo após o anúncio da compra do Banco Master por um consórcio de investidores dos Emirados Árabes Unidos, em parceria com o grupo Fictor, que planejava um aporte inicial de R$ 3 bilhões. O Banco Central chegou a barrar a aquisição pelo BRB, que havia anunciado em março de 2025 a intenção de comprar o Master.
Além de Paulo Henrique, a PF prendeu o proprietário do Banco Master, Daniel Vorcaro, o ex-sócio Augusto Lima e o tesoureiro Alberto Félix. Eles poderão responder a processos criminais e sanções administrativas do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários.
A Polícia Federal continuará aprofundando a análise sobre a origem dos recursos envolvidos e os beneficiários finais das operações fraudulentas.

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