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Presidente do Einstein prevê pico do coronavírus em 2 semanas no Brasil

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De acordo com o médico-cirurgião Sidney Klajner, para cada caso notificado de coronavírus, existem outros 15 infectados sem diagnóstico

Coronavírus: médico afirma que a única forma de mitigar o impacto da epidemia é não disseminar o vírus (Victor Moriyama/Getty Images)

O pico dos casos na epidemia de covid-19 no Brasil deve ocorrer no início de abril. A previsão foi feita na quarta-feira, 18, pelo presidente do Hospital Albert Einstein, o médico-cirurgião Sidney Klajner, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. Ele afirmou que neste momento “é muito importante que as pessoas se conscientizem da importância de permanecer em casa” para tentar impedir o avanço do vírus. Ainda segundo estima ele, para cada caso notificado da doença hoje existem outros 15 infectados sem diagnóstico.

“É importante se conscientizar de que a única forma de a gente mitigar o impacto dessa epidemia é não disseminar o vírus, permanecer em casa, porque o quadro é grave”, afirmou Klajner. De acordo com ele, o hospital saltou de 12 casos de suspeitas, na segunda-feira, com quatro confirmações da covid-19, para 45 internações, 21 confirmadas, com sete pacientes na UTI.

Para Klajner, a situação tende a se agravar no País com um pico de casos em duas semanas.

Na opinião dele, há também no Brasil um problema adicional. “A subnotificação dos casos”, afirmou. Ele afirmou que para cada caso notificado, haja pelo menos 15 outros contaminados, que não estão sendo diagnosticados. “Até pelo fato de muitos casos serem assintomáticos, como pode ocorrer com as crianças, por exemplo”, afirmou.

Em quadros normais, um diagnóstico da doença pode levar cerca de três horas e custa em torno de R$ 150.

“Mas a testagem, porém, por causa do aumento súbito no volume dos casos, depende de indicação médica”, alertou Klajner.

“Chegamos a ter, nos últimos dias, 2 mil testagens”, disse. “Mas restringimos a testagem aos pacientes com indicação médica”, explicou o médico.

O atraso na confirmação do diagnóstico, lembrou ele, ocorre pelo volume de pessoas na fila. “O atraso para o resultado é causado pela fila de exames”, afirmou Klajner.

Teleconferência

De acordo com o presidente do Einstein, ele próprio atendeu, na quarta-feira, pelo menos cinco pacientes com sintomas da covid-19. “Estou atendendo meus pacientes por teleconferência”, explicou Klajner.

O médico explicou ainda que o hospital está preparado para enfrentar a pandemia de coronavírus. O Einstein, segundo ele, conta com 600 leitos que podem ser usados no atendimento, sendo 100 deles de UTI. Ele lembrou, no entanto, que somente os pacientes com indicação médica ou em estado grave devem ser hospitalizados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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