Presidente do PT vê clima favorável para aprovar mudança na meta fiscal

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse nesta quinta-feira (13) que vê um clima favorável para a aprovação no Congresso do projeto de lei que permite ao governo federal abandonar a meta fiscal deste ano.

O projeto que muda a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) eliminando o teto de abatimento do superávit primário (que é a economia feita para pagar juros da dívida pública) foi enviado na terça ao Congresso.

O objetivo é tentar ajustar as metas fiscais diante de um cenário com fraco resultado das contas públicas até setembro deste ano em virtude do aumento das despesas em ano eleitoral e da baixa arrecadação decorrente do baixo ritmo de crescimento da economia e das desonerações de tributos.

“Eu acho que o clima é favorável [para a aprovação]. O Congresso é responsável”, disse antes de participar de seminário com a bancada do PT na Câmara. Na opinião dele, os parlamentares não vão “ficar jogando contra os interesses do país”, afirmou Falcão.

O projeto tramita na Comissão Mista do Orçamento, composta por deputados e senadores. Depois de aprovado, segue para avaliação do plenário do Congresso.

Questionado se via chance de o PMDB apresentar alguma resistência na Câmara para aprovar o projeto, Falcão ponderou que o partido pertence à base aliada e negou haver qualquer rixa.
“O PMDB é governo. O vice-presidente é do governo. Não podemos trabalhar com essa hipótese de quem é governo vota contra o governo”, disse o presidente do PT.

Embora esteja entre as legendas da base de sustentação do Palácio do Planalto, o PMDB na Câmara assumiu uma posição mais independente e, em diversas votações ao longo do ano, liderou derrotas contra o governo.

No evento do PT, que conta com a presença de parlamentares da bancada atual de deputados e dos eleitos, além dos ministros Ricardo Berzoini (Relações Institucionais) e Aloizio Mercadante (Casa Civil), serão debatidos o resultado eleitoral, a conjuntura política e questões internas da Câmara, como liderança da bancada e um nome para disputar a Presidência da Casa.

Fonte: G1