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Presos agridem detento e escrevem mensagem com sangue em penitenciária de São Paulo

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Fagner Falcão de Oliveira Silva, um detento de 36 anos, foi brutalmente assassinado durante um motim ocorrido na Penitenciária 1 de Potim, no interior de São Paulo. Ele sofreu cortes profundos com lâminas no pátio da unidade. Outros dois presos, com idades de 40 e 45 anos, ficaram feridos durante o tumulto.

De acordo com fontes da Polícia Penal sob anonimato, a vítima foi aberta ao meio, e suas vísceras foram removidas. Com o sangue de Fagner, os agressores picharam a expressão “novo cangaço” em uma parede da penitenciária. Essa frase faz alusão a um método criminoso pelo qual quadrilhas armadas tomam cidades pequenas para cometer roubos a bancos.

Uma das fontes explicou que a unidade se tornou contrária ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e que cada pavilhão abriga diferentes grupos de presos. Ele destacou que este tipo de violência e a prática de escrever nomes usando sangue são inéditas naquele local.

A Secretaria da Segurança Pública informou que quatro homens com idades entre 31 e 40 anos foram presos em flagrante pelo homicídio de Fagner. Já a Secretaria da Administração Penitenciária informou que o motim foi contido pela equipe especializada quando alguns detentos iniciaram agressões durante o banho de sol.

Familiares de presos relataram em sigilo que a violência se intensificou após a mistura de facções rivais na unidade, onde não há lideranças para manter a ordem. Uma familiar revelou dificuldades para que seu parente recebesse itens essenciais como comida e calçados, além de relatar ausência de comunicação com a direção da penitenciária. Ela comentou que em outros presídios, grupos rivais são separados e controlados por líderes para evitar confrontos.

O historial criminal de Fagner Falcão de Oliveira Silva mostra sua ligação com diferentes facções: inicialmente pertencia à Massa Carcerária, um grupo ativo no Ceará, e mais recentemente foi vinculado ao Comando Vermelho, organização de grande alcance nacional originária do Rio de Janeiro. Essas classificações internas de facções são utilizadas para organização e segurança do sistema penitenciário, influenciando avaliações de risco, mas não correspondem a condenações específicas.

Antes de ser transferido para o sistema prisional paulista, Fagner cumpria pena em regime domiciliar monitorado eletronicamente, após condenação por roubo e tráfico de drogas. No entanto, várias infrações ao regime foram registradas, incluindo saídas prolongadas e não autorizadas do local permitido. Esses registros, somados ao histórico carcerário, levaram o Tribunal de Justiça de São Paulo a revogar o benefício, determinando seu retorno ao regime fechado.

Fagner foi inicialmente colocado na Penitenciária Compacta de Guareí II, mas foi transferido há cerca de quatro meses para a Penitenciária 1 de Potim, onde foi vítima do ataque que resultou em sua morte. Até o momento, o corpo permanece no Instituto Médico Legal para perícia.

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