Economia
Previsões estáveis para inflação e crescimento do PIB
As expectativas do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos em 2025 – crescimento econômico e inflação – permaneceram inalteradas na última edição do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (10) pelo Banco Central (BC).
A projeção para o aumento da economia brasileira em 2023 ficou em 2,16%. Para 2026, o crescimento estimado do Produto Interno Bruto (PIB) está em 1,78%. Já para 2027 e 2028, a previsão é de um avanço de 1,88% e 2%, respectivamente.
Impulsionada pelos setores de serviços e indústria, a economia nacional cresceu 0,4% no segundo trimestre deste ano. Em 2024, o PIB teve alta de 3,4%, marcando o quarto ano consecutivo de expansão, sendo a maior desde 2021, quando o PIB cresceu 4,8%.
A cotação prevista para o dólar é de R$ 5,41 no fim deste ano, subindo para R$ 5,50 ao término de 2026.
Inflação
Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referência oficial da inflação, a estimativa do mercado é de 4,55% para este ano. Para 2026, mantém-se em 4,2%, e para 2027 e 2028 as projeções são de 3,8% e 3,5%, respectivamente.
Este valor está acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Banco Central, fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 3%, com margem de tolerância entre 1,5% e 4,5%.
Após uma queda em agosto, a inflação oficial subiu 0,48% em setembro, influenciada pelo aumento na conta de luz. Em 12 meses, o IPCA acumula 5,17%, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE).
Juros básicos
Para controlar a inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, a Selic, que está em 15% ao ano, conforme decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). Apesar da desaceleração da inflação e da economia, o Copom mantém a Selic inalterada, mas não descarta aumentos futuros caso seja necessário.
O BC ressaltou que o cenário externo é incerto devido à conjuntura e às políticas econômicas dos Estados Unidos, impactando as condições financeiras globais. Internamente, a inflação permanece acima da meta, o que indica que a taxa de juros permanecerá elevada por um período prolongado.
Analistas projetam que a Selic fique em 15% ao ano até o final de 2025, com possível redução para 12,25% em 2026, e para 10,5% e 10% nos anos seguintes, respectivamente.
Quando o Copom eleva a taxa básica de juros, o objetivo é conter o consumo elevado, o que interfere nos preços, pois juros mais altos encarecem o crédito e incentivam a poupança. Além da Selic, outras variáveis influenciam as taxas cobradas pelos bancos, como risco de inadimplência, lucros e custos administrativos, o que pode dificultar o crescimento econômico.
Por outro lado, a redução da Selic tende a baratear o crédito, estimulando a produção e o consumo, o que diminui o controle da inflação e incentiva a economia.


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