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Primeiro-ministro de Israel assume autoria de ataque contra sul da Síria

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Benjamin Netanyahu afirmou que Israel assumiu o ataque em Al Quneitra deste domingo contra alvos militares iranianos em território sírio

Síria: o ataque israelense não deixou vítimas (Sebastian Scheiner/Reuters)

Jerusalém — O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, assumiu na noite de ontem, terça-feira, a responsabilidade israelense no ataque contra o sul da Síria ocorrido no domingo, quando vários projéteis caíram na província síria de Al Quneitra, mas sem causar vítimas.

O chefe de governo, que também é titular do Ministério da Defesa, argumentou diante de vários jornalistas, após uma pergunta da emissora pública “Kan”, que “a cada dia”, Israel “atua contra o Irã e suas tentativas de se entrincheirar na região”, dando a entender que o ataque foi contra alvos militares iranianos em território sírio.

“Atuamos de muitas maneiras e por muitos meios contra a agressão iraniana” e “contra sua tentativa de se armar com ogivas nucleares e mísseis balísticos”, constatou o premiê, que acrescentou que se tratam de ações que Israel realiza “dia após dia”.

Netanyahu fez essas declarações antes de viajar à Polônia para participar da Conferência de Varsóvia do Oriente Médio, que começa hoje com a presença do vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, com o quem o líder israelense tem uma reunião marcada. O premiê israelense também se encontrará com o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, e outros líderes internacionais.

Antes de sua partida, o Netanyahu reiterou que a reunião, organizada por EUA e Polônia, tem como objetivo abordar os problemas de segurança no Oriente Médio e é um evento “muito importante” cujo foco está no Irã.

Mais de 60 países confirmaram presença na cúpula desta quarta-feira, entre eles dez do Oriente Médio e todos os membros da União Europeia (UE), mas uma dezena de Estados se recusou a participar.

A Autoridade Nacional Palestina (ANP) não participará do encontro, assim como também não o farão Rússia e Irã. A República Islâmica, por sua vez, entende a conferência como uma desculpa para encorajar políticas contrárias a seus interesses.

Já as nações do Oriente Médio que estarão representadas por seus titulares de Relações Exteriores são Arábia Saudita, Iêmen, Jordânia, Kuwait, Omã e Emirados Árabes Unidos, além do norte-africano Marrocos.

Netanyahu reiterou ontem que Israel mantém “muito boas relações” com os países da região, “exceto a Síria”, e acrescentou que “a realidade é que estas relações são cada vez mais próximas”, embora “nem todas sejam abertas”.

Fonte Exame

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