Principais eventos globais de 2025

Donald Trump retornou à presidência dos Estados Unidos em janeiro para seu segundo mandato, implementando uma série de políticas baseadas no lema “America First”. Seu governo aplicou medidas protecionistas, deportações em massa e reduções em setores do governo federal, enfrentando bloqueios judiciais em algumas decisões. Trump também adotou uma postura dura contra seus adversários, incluindo o envio da Guarda Nacional a cidades democratas, ataques à mídia e oposição a programas de diversidade.

Apesar dessas ações, pesquisas indicam que os americanos demonstram crescente insatisfação com questões econômicas, especialmente o custo de vida. Reveses eleitorais em várias regiões colocam seu partido em situação delicada para as eleições de meio de mandato previstas para 2026.

Trégua frágil em Gaza

A pressão dos Estados Unidos resultou em um cessar-fogo entre Israel e Hamas após dois anos de conflito na Faixa de Gaza. A trégua foi estabelecida em uma cúpula em Sharm el-Sheikh, copresidida por Donald Trump. Este acordo permitiu maior entrada de ajuda humanitária e a troca de prisioneiros e restos mortais, mas a ONU aponta que a assistência ainda é insuficiente.

Negociações futuras, especialmente sobre o desarmamento do Hamas, permanecem delicadas, já que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sinaliza a possibilidade de retomar os combates. A região também enfrentou tensões em junho devido a ataques israelenses a instalações nucleares no Irã, desencadeando uma guerra de doze dias e bombardeios americanos contra o país.

Atividades militares dos EUA no Caribe e Pacífico

Desde agosto, os Estados Unidos aumentaram sua presença militar na costa da América Latina, justificando a ação como combate ao tráfico de drogas. Foram realizados cerca de vinte ataques contra embarcações suspeitas de transportar drogas, resultando em dezenas de mortes. O governo americano rejeitou acusações de execuções sem julgamento, afirmando a legalidade das operações.

Essa campanha intensificou as tensões, especialmente com a Venezuela, cujo governo considera tais ações uma ameaça à soberania e ao presidente Nicolás Maduro. Os EUA o acusam de liderar um cartel e oferecem uma recompensa de 50 milhões de dólares por sua captura.

Esforços falhos de paz na Ucrânia

A administração de Donald Trump fez tentativas para acabar com a invasão russa iniciada em 2022. Suas posições oscilaram entre Vladimir Putin e Volodimir Zelensky, gerando temores na Ucrânia sobre possíveis concessões forçadas.

Conversas diretas e uma cúpula entre Trump e Putin não avançaram significativamente. O Kremlin continuou rejeitando um cessar-fogo e mantendo demandas territoriais, enquanto Washington impôs sanções ao setor petrolífero russo. Planos apresentados pelos EUA foram recebidos com cautela, e conflitos continuaram no leste ucraniano.

Conflito comercial global

Donald Trump impôs tarifas adicionais a produtos importados, buscando proteger setores estratégicos. Esta política gerou represálias e intensas negociações comerciais que resultaram em acordos com a União Europeia e China, embora negociações com México e Canadá tenham enfrentado dificuldades.

Pressionado a reduzir o custo de vida, Trump eliminou tarifas sobre alimentos específicos, como café e carne bovina, visando aliviar o impacto para os consumidores americanos.

Eleição de um novo papa: Leão XIV

Em 8 de maio, Robert Francis Prevost foi eleito o primeiro papa americano, assumindo como Leão XIV. Proveniente de Chicago e com experiência missionária no Peru, o pontífice mantém linhas sociais fortes, focadas nos pobres, migrantes e ecologia, mas também adota medidas que agradam conservadores, como restabelecer missas tradicionais e rejeitar, por ora, a ordenação de mulheres diáconas ou o casamento homossexual.

Protestos da geração Z pelo mundo

Jovens da geração Z se mobilizaram em várias regiões, criticando precariedade, censura nas redes sociais e corrupção. No Peru, protestaram contra insegurança; no Nepal, manifestações levaram à renúncia do primeiro-ministro; em Madagascar, houve a derrubada do presidente pelo Exército; e na Tanzânia ocorreram protestos pós-eleitorais reprimidos com violência.

A bandeira do mangá One Piece tornou-se símbolo das lutas contra opressão em diversos continentes.

Investimentos massivos em inteligência artificial

Empresas de tecnologia e startups investiram montantes recordes em inteligência artificial, com gastos globais estimados em 1,5 trilhão de dólares em 2025, e projeções acima de 2 trilhões para 2026. Avaliações de mercado, como a da Nvidia, alcançaram valores sem precedentes, gerando preocupações sobre bolhas especulativas.

Críticas incluem desinformação, violações de direitos autorais e demissões. Casos graves, como o suicídio de um adolescente possivelmente influenciado por um chatbot, levaram a reforços em controles parentais e regulamentações legais.

Roubo audacioso no Museu do Louvre

No dia 19 de outubro, ladrões disfarçados invadiram o Louvre usando coletes de operários, escalaram um elevador de carga e roubaram joias da Coroa avaliadas em 88 milhões de euros. A fuga foi rápida, apesar da perda de uma coroa danificada durante a ação.

O caso gerou debate global sobre a segurança do museu. Três suspeitos foram presos, mas as joias continuam desaparecidas.

Fenômenos climáticos extremos aumentam

Eventos climáticos severos tornaram-se mais frequentes e destrutivos devido às mudanças causadas pela atividade humana. O furacão Melissa devastou áreas do Caribe. No Sudeste Asiático, tufões e tempestades causaram danos significativos, enquanto a Europa enfrentou incêndios florestais recordes.

Nos Estados Unidos, incêndios iniciados por raios fecharam áreas turísticas como o Grand Canyon por meses, evidenciando os impactos crescentes das mudanças climáticas.