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Prisões decretadas por Moraes atingem ex-assessor de Bolsonaro e dono de instituto

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A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a prisão domiciliar de dez condenados envolvidos na trama golpista neste sábado, entre eles militares, uma ex-diretora do Ministério da Justiça e um ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Moraes afirmou que a medida foi necessária devido ao “fundado receio de fuga” desses indivíduos, especialmente após o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, ter sido encontrado no Paraguai.

Desses dez alvos, um já é considerado foragido pela Polícia Federal (PF), que não conseguiu encontrá-lo durante as buscas realizadas no sábado. Os presos fazem parte de diferentes grupos da trama golpista, com julgamentos concluídos entre outubro de 2023 e dezembro de 2025.

Lista dos principais condenados

  • Filipe Martins (Núcleo dois): ex-assessor da Presidência e condenado a 21 anos, indicado como o responsável por apresentar a Bolsonaro a chamada “minuta golpista”.
  • Giancarlo Gomes Rodrigues (Núcleo quatro): subtenente do Exército, condenado a 14 anos, acusado de espionagem ilegal na chamada “Abin paralela”.
  • Marilia Ferreira de Alencar (Núcleo dois): ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça, condenada a 8 anos por seu envolvimento em bloqueios durante a eleição.
  • Angelo Martins Denicoli (Núcleo quatro): major do Exército, condenado a 17 anos por produção de conteúdo falso contra as urnas eletrônicas.
  • Fabricio Moreira de Bastos (Núcleo três): coronel do Exército e integrante das Forças Especiais, condenado a 16 anos por pressão para adesão ao golpe.
  • Sergio Ricardo Cavaliere (Núcleo três): tenente-coronel do Exército, condenado a 16 anos por elaboração e divulgação de carta golpista.
  • Bernardo Romão Correa Netto (Núcleo três): coronel do Exército, condenado a 17 anos por organizar reunião para golpe e envio de carta golpista.
  • Ailton Gonçalves Moraes Barros (Núcleo quatro): ex-major expulso do Exército, condenado a 13 anos, acusado de coordenar ataques a generais e falsificação de cartão de vacina.
  • Guilherme Marques Almeida (Núcleo quatro): tenente-coronel do Exército, condenado a 13 anos por disseminação de notícias falsas, em prisão domiciliar após contato com a PF.
  • Carlos Cesar Moretzsohn Rocha (Núcleo quatro): presidente do Instituto Voto Legal, condenado a 7 anos, considerado foragido após não ser localizado pela PF.

Posicionamento das defesas

A defesa do coronel Bernardo Romão Corrêa Netto afirmou que ele sempre cumpriu as medidas cautelares e classificou a prisão como desnecessária. A defesa de Angelo Denicoli declarou que ele cumprirá integralmente a ordem judicial.

A equipe que representa Filipe Martins criticou a decisão, chamando-a de abuso de autoridade e ressaltando que seu cliente vem cumprindo todas as medidas impostas.

Quanto ao foragido Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, a defesa informou que aguardava a publicação da decisão para recorrer e relatou dificuldades de contato após mudança de endereço.

As defesas de Giancarlo Gomes Rodrigues e Marília Ferreira de Alencar optaram por não se manifestar, enquanto as demais não responderam até o momento.

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