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Problemas se acumulam

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Faltam, exatamente, 23 dias para o ano acabar e o Governo do Distrito Federal (GDF) enfrenta uma das maiores crises financeiras da história. Profissionais da saúde e educação estão sem receber pagamento, creches estão fechadas por falta de repasses de verba e acompanhantes saudáveis e profissionais da saúde estão sem receber as refeições nos hospitais da rede pública, pois a empresa responsável pelo fornecimento não recebeu o pagamento do GDF. E para piorar, a população foi afetada até ontem (8) com a greve dos rodoviários, que já se tornou uma situação corriqueira nos últimos três meses.

Desde a última quinta-feira (4), motoristas e cobradores das empresas Pioneira, Urbi, Marechal, MCS e Alternativa cruzaram os braços por falta do pagamento dos salários, dos tíquetes-alimentação e da primeira parcela do 13º salário. Por causa disso, cerca de 700 mil pessoas, de 17 regiões do DF foram prejudicadas com a falta de ônibus nas ruas da cidade. Os funcionários das viações Pioneira e Urbi retornaram ao trabalho ontem, por volta das 18h30 e devem continuar em operação normal até o dia 15, quando está previsto outro pagamento.

A empresa Marechal, que atende parte de Taguatinga, do Park Way, Ceilândia, Guará e Águas Claras, disse que não recebeu a verba do GDF para repassar aos rodoviários, que continuam parados. A viação tem 464 ônibus e, segundo o diretor-geral do DFTrans, Jair Tedeschi, receberia R$ 6,5 milhões nesta segunda-feira.

Para o bancário Wesley Pamplona, a greve de ônibus afeta toda a população e deixa o metrô superlotado. “Se não tivesse o metrô, com certeza Brasília já teria parado, porque esse é o único meio que temos para ir ao trabalho. Sempre utilizo o metrô no horário de pico e com a greve, os vagões estão muito cheios, o que causa desconforto”, avaliou.

EDUCAÇÃO

O GDF informou, na última semana, que o salário dos professores e profissionais da saúde só seriam pagos na noite desta segunda-feira. Por conta disso, os professores realizaram, na manhã de ontem, ato público com paralisação, na praça do Buriti, para reivindicar o salário atrasado. Em estado de alerta, a categoria está mobilizada. A orientação do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) é que todos os profissionais verifiquem os salários no início da manhã, pois, caso não tenha sido creditado, haverá uma nova paralisação.

Além da falta de pagamento aos professores, o GDF ainda não fez todo o repasse de verba para algumas creches conveniadas e, com isso, mais de mil crianças continuam sendo prejudicadas. De acordo com Ciro Heleno Silvano, presidente do Conselho de Entidades de Promoção e Assistência Social, das 23 creches que estavam paradas, apenas oito receberam o pagamento do GDF e 15 ainda aguardam serem pagas para reabrirem as portas. O governo do DF estava devendo quatro meses de repasse para as creches. Segundo o presidente da entidade, o GDF informou que as outras 15 creches serão pagas até amanhã (10).

Pacientes podem ficar sem refeições

A suspensão parcial no fornecimento de refeições na rede pública de saúde do DF pode se agravar a partir de amanhã. Devido a dívida do GDF junto a Sanoli, responsável pelo fornecimento de alimento em 16 hospitais e quatro Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), a empresa informou que não conseguiu pagar a folha dos mais de 1.700 colaboradores. Desta forma, o sindicato da categoria solicitou que seus filiados paralisem suas atividades hoje, em protesto contra o fato. Isso traz consequências ainda mais severas no que diz respeito à manutenção mínima de preparo e fornecimento de refeições, comprometendo, inclusive, a alimentação de pacientes.

As refeições nos hospitais da rede pública foram suspensas mais uma vez na última sexta-feira (5). A Sanoli alega não ter recebido o pagamento do mês de outubro. A empresa cobra do GDF R$ 25 milhões. Por dia, deixam de ser oferecidas cerca de 6.500 refeições para funcionários e 2.500 para acompanhantes. A Sanoli avisou que foi mantido apenas o fornecimento de 6.200 refeições aos pacientes, enquanto durarem os estoques, que segundo a empresa, só dá até, no máximo, quinta-feira (11).

A Secretaria de Saúde (SES-DF) alega que o pagamento da Sanoli é realizado sempre 60 dias após o mês em questão, pois todo o serviço tem que ser analisado para comprovar que a alimentação fornecida nas unidades de saúde corresponde ao informado pela empresa. Isso sempre aconteceu desta forma. Sendo assim, o pagamento referente ao mês de outubro será pago no final do mês de dezembro.

Fonte: Alô

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