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Problemas Técnicos Atrapalham Serviços do INSS

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Servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) relatam interrupções constantes nos sistemas do órgão. Um levantamento exclusivo demonstrou que as plataformas ficaram fora do ar por mais de 51 horas entre os dias 22 de maio e 23 de junho. Durante esse período, foram registradas 51 horas e 17 minutos de instabilidade distribuídas em 23 dias úteis consecutivos.

A reportagem entrou em contato com o INSS e a Dataprev e aguarda posicionamento oficial. Espaço permanece aberto.

As falhas ocorreram em horários comerciais, prejudicando significativamente o atendimento e a rotina dos servidores. Em 9 de junho, por exemplo, os sistemas estiveram inoperantes por mais de seis horas. Instabilidades também foram observadas durante as madrugadas dos dias 10 e 11 de junho.

“Lidar com sistemas instáveis é frustrante. Perdemos muito tempo parados diante dos computadores, aguardando a normalização,” contou uma servidora do INSS, que preferiu não ser identificada. Ela acrescentou que essa situação atrapalha a eficiência no reconhecimento dos direitos: “Isso atrasa todo o processo, impactando tanto os servidores quanto a população.”

O Sindicato dos Trabalhadores Federais da Saúde, Trabalho e Previdência no Rio Grande do Sul (Sindisprev RS) descreveu que “o INSS está atualmente enfrentando um colapso digital”. O sindicato ressaltou que essas interrupções, frequentemente minimizadas pelos gestores, causam prejuízos diretos à vida de milhões de brasileiros que dependem dos serviços previdenciários, atrasam análises de benefícios e impedem os colaboradores de realizarem suas tarefas essenciais.

Os trabalhadores exigem melhorias na infraestrutura tecnológica e sistemas operacionais do INSS. “Não é possível assegurar direitos sociais nem oferecer um serviço público digno nessas condições,” afirmam.

O sindicato ainda criticou a cobrança por metas em meio às falhas recorrentes, argumentando que atribuir produtividade nestas condições é transferir para os profissionais da linha de frente uma responsabilidade que cabe ao Estado, penalizando principalmente os cidadãos mais vulneráveis.

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