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Professores em greve fazem protesto e fecham a Rodovia Régis Bittencourt

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Professores da rede estadual em greve fecharam a Rodovia Regis Bittencourt no início da tarde desta quinta-feira (7) durante um protesto por reajuste salarial, informou o SPTV. A manifestação ocorreu na altura do km 284, em Itapecerica da Serra (SP). O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) disse que não tem conhecimento do ato.

No fim de abril, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) entrou com pedido na Justiça para que a Apeoesp seja multada em R$ 100 mil por bloquear totalmente uma rodovia durante um protesto no interior paulista. A PGE alega que uma decisão judicial, em caráter liminar, proibia o sindicato de fechar total ou parcialmente rodovias de São Paulo.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, a pista São Paulo da Régis Bittencourt foi liberada por volta das 12h30 desta quinta-feira, mas um grupo de professores ainda ocupava o acostamento.

Às 14h, está marcada uma audiência no Tribunal de Justiça (TJ) para discutir o dissídio coletivo dos professores. A ação foi protocolada pela Apeoesp.

Descontos e reajuste
A categoria está em greve desde o dia 13 de março e os holerites de maio dos professores parados começaram a chegar com desconto. O pagamento será feito a partir da sexta-feira (8) e descontará os dias em greve de em março, primeiro mês do movimento.

O governador Geraldo Alckmin voltou a dizer na quarta-feira (6) que o movimento “não tem sentido” e afirmou que a adesão varia de 2,1% no período matutino e 1,9% no período da tarde, segundo balanço do início da semana.

“Nós dissemos [aos professores] que quando completar um ano do último reajuste, nós vamos avaliar. O governo claro que, podendo, quer dar o máximo, mas não tem como dar reajuste de oito em oito meses. Nós fizemos um programa de recuperação salarial dos professores e os professores confiam nesse trabalho”, completou.

A Secretaria de Estado da Educação afirma ter dado reajuste de 45% no acumulado dos últimos quatro anos e diz que apresentou três propostas em reunião em 23 de abril, entre elas manutenção de uma “política salarial pelos próximos quatro anos com data base em 1º de julho”. Entretanto, o governo não deu números nem detalhes de qual seria a proposta de reajuste para o dissídio.

Já os professores reivindicam 75,33% para equiparação salarial com as demais categorias com formação de nível superior, além de melhores condições de trabalho. Segundo a categoria, mais de 3 mil salas de aula foram fechadas, o que provoca superlotação das salas de aula restantes.

A garantia de direitos para docentes temporários também está entre as demandas dos grevistas. O sindicato também questiona o pagamento do bônus de R$ 1,6 bilhão a funcionários da Secretaria da Educação do Estado. A quantia é a maior da história, segundo a pasta. No ano passado, foram repassados R$ 700 milhões.

“Trata-se de uma opção do governo pagar bônus e não salário”, diz a Apeoesp. A categoria ainda alega que o bônus “não incide sobre os benefícios da carreira, prejudica a aposentadoria e exclui os aposentados.”

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