Em época de crise hídrica no Distrito Federal, um projeto de lei que obriga a lavagem ecológica de veículos em todos os estabelecimentos do ramo na capital aguarda um parecer do governador, Rodrigo Rollemberg, que pode ou não transformá-lo em lei.
O texto foi aprovado pela Câmara Legislativa no dia 18 e a decisão do Executivo deve ser publicada até 15 dias úteis a partir do recebimento. Nesta terça-feira (26), a Secretaria da Casa Civil informou que o projeto ainda não havia chegado ao Buriti para manifestação de Rollemberg.
Apresentado em 2015 pela deputada Luzia de Paula (PSB), o projeto obriga lava-jatos de todo o DF a adotarem modelos de lavagem ecológica. Pelo texto, o termo compreende o “uso de pouca água” e de “produtos alternativos” para limpeza, como a lavagem a seco – já realizada por algumas empresas.
O projeto também prevê que os estabelecimentos utilizem produtos biodegradáveis, “aqueles que são facilmente ovidados por colônias de bactérias presentes nos cursos de água existentes na natureza”.
“Ao propormos o uso de produtos biodegradáveis na lavagem dos veículos, não queremos outra coisa senão proteger as água subterrâneas, os lençóis freáticos e os próprios cursos e reservatórios de água destinados ao consumo”, diz o texto.
Para defender a ideia, o relator da Comissão de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Ciência, Tecnologia, Meio Ambiente e Turismo, o deputado Chico Vigilante (PT), cita números para ilustrar o impacto dos lava-jatos no consumo de água.
“Uma lavagem convencional pode gastar aproximadamente 300 litros de água em um carro pequeno e 600 litros de água em um carro grande”.
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