Centro-Oeste
Projeto traz comunicação fácil para crianças autistas no Distrito Federal
A Associação Brasileira de Autismo Comportamento e Intervenção (Abraci) finaliza neste mês um projeto pioneiro que transformou a vida de muitas famílias com pessoas diagnosticadas com transtorno do espectro autista (TEA).
A ação, apoiada por emenda parlamentar e reconhecida pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, aplicou a Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA) — método que usa pictogramas e imagens para substituir a fala — em crianças e jovens não verbais.
Hoje, a Abraci cuida de 210 crianças e jovens através de apadrinhamento. Para este projeto, o objetivo inicial era atingir 45 pessoas e oferecer treinamento para 20 profissionais, porém ultrapassou: 57 pessoas com autismo, entre 3 e 26 anos, foram assistidas, e 60 profissionais receberam formação.
Além disso, mais de 30 aplicadores fizeram cursos de CAA, os pais foram treinados e todas as escolas onde as crianças estudam tiveram visitas para apoiar os professores com metodologias inclusivas.
Segundo Ana, uma das coordenadoras e mãe de um jovem autista, a comunicação alternativa é muito mais que um meio de expressão: “Ela é uma verdadeira ferramenta de inclusão social. Quando a criança usa um livro ou tablet com imagens para pedir água ou ir ao banheiro, ela está se comunicando e sendo reconhecida pela sociedade.”
Ana também comenta: “Decidimos atender todos que se inscreveram porque a sociedade precisa compreender o que é a comunicação alternativa.”
A conclusão do projeto será no dia 20 de dezembro, com a entrega de certificados para os 30 aplicadores formados. Essa celebração simboliza não só o encerramento de uma fase, mas o começo de uma nova jornada para valorizar a importância da CAA na inclusão social das pessoas autistas.


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