Protesto na Paulista contra o PL da Dosimetria

Manifestantes de esquerda ocuparam a Avenida Paulista, localizada no centro de São Paulo, na tarde deste domingo (14/12), em protesto contra a aprovação do Projeto de Lei da Dosimetria na Câmara dos Deputados — um projeto que reduz as penas de pessoas condenadas por tentativa de golpe de Estado. Os protestos acontecem ao longo do dia em várias capitais do país.

A organização desses atos foi realizada pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, que contam com a participação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST).

O lema da manifestação, “Congresso Inimigo do Povo”, reflete a insatisfação popular diante do avanço do PL que diminui as penas dos presos pelos acontecimentos do dia 8 de janeiro. Entre os beneficiados pela proposta está o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi condenado a 27 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por essa tentativa de golpe de Estado.

O principal foco da manifestação é o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), responsável por colocar o PL da Dosimetria em pauta nesta semana. Além das críticas ao Congresso, os protestos também defendem outras causas importantes, como o fim da escala de trabalho 6×1 e o combate ao feminicídio.

No mês de setembro, mais de 40 mil pessoas reuniram-se na Avenida Paulista, segundo levantamento do Monitor do Debate Político do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), uma parceria da Universidade de São Paulo (USP) com a ONG More in Common. O motivo do protesto foi contra a anistia concedida aos envolvidos nos acontecimentos de 8 de janeiro e também contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem, que foi aprovada na Câmara, gerando forte oposição popular.