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Protestos contra anistia e Congresso no RJ e SP têm menor público que ato anterior
Um estudo elaborado pelo Monitor do Debate Político da USP, em colaboração com a ONG More in Common, revela que os protestos realizados neste domingo contra o projeto de lei da dosimetria tiveram participação menor do que os atos realizados em setembro, quando artistas e grupos sociais saíram às ruas contra a PEC da Blindagem.
No Rio de Janeiro, o evento político-cultural na Praia de Copacabana alcançou um pico de 18,9 mil pessoas, com uma margem de variação entre 16,7 mil e 21,2 mil, segundo estimativas do monitor.
Em contraste, a manifestação contra a PEC da Blindagem no mesmo local, realizada em setembro, contou com um público de cerca de 41,8 mil pessoas em seu momento de maior participação.
Já em São Paulo, o protesto na Avenida Paulista reuniu aproximadamente 13,7 mil manifestantes, número inferior ao registrado em setembro, quando cerca de 42 mil pessoas participaram da mobilização.
As estimativas foram feitas a partir de imagens aéreas analisadas por um software de inteligência artificial, método utilizado pelo Monitor do Debate Político para medir o tamanho das multidões.
No Rio, o ápice da concentração ocorreu por volta das 17h, enquanto em São Paulo o momento de maior presença foi às 16h13.
Convocados por frentes e grupos de esquerda, sindicatos e coletivos culturais, os protestos deste domingo criticaram o projeto de lei da dosimetria, aprovado na Câmara dos Deputados, que altera o cálculo das penas para crimes contra o Estado Democrático de Direito, beneficiando condenados por atos golpistas do dia 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Além do lema “Sem anistia”, os manifestantes direcionaram críticas ao Congresso Nacional e ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos).
No Rio de Janeiro, o evento contou com discursos políticos e apresentações musicais, repetindo o formato do protesto anterior.
Em São Paulo, a concentração em frente ao MASP contou com a participação de líderes partidários e ministros, que fizeram pronunciamentos contrários à anistia e à agenda do Legislativo.
Apesar da presença de artistas e lideranças nacionais, a ocupação da Avenida Paulista permitiu circulação ao longo das laterais até mesmo nos momentos de maior aglomeração, indicando que o público deste domingo foi menor do que o registrado três meses atrás.
Além das manifestações no Rio e em São Paulo, protestos também ocorreram em Brasília e outras capitais. No entanto, os números consolidados pelo monitor mostram que a capacidade de mobilização deste domingo ficou abaixo do pico das manifestações contra a PEC da Blindagem, que propunha mudanças na Constituição para proteger parlamentares de processos judiciais.
Aprovado em setembro pela Câmara, o projeto da PEC da Blindagem foi rejeitado de forma unânime pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.

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