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Protestos em São Paulo por falta de luz fecham ruas e provocam incêndios

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Moradores de São Paulo e da região metropolitana realizaram manifestações contra a Enel devido à interrupção no fornecimento de energia elétrica. Após dias de tempestades intensas e um ciclone extratropical, aproximadamente 365 mil residências atendidas pela concessionária ainda estavam sem eletricidade até a tarde do sábado, 13 de dezembro.

Na rua Bom Pastor, no bairro do Ipiranga, zona sul da capital, os moradores encerraram o protesto somente depois que um caminhão da Enel compareceu ao local para restabelecer a energia.

A estudante Isabella Hashimoto, que esteve sem luz desde a quarta-feira, 10 de dezembro, relatou que funcionários da Enel haviam visitado a área, mas informaram que uma árvore impedia os reparos. Embora a energia na rua tenha sido reestabelecida por volta das 15h20 do sábado, outras partes do bairro continuavam sem energia.

Isabella, que administra um restaurante de culinária japonesa com a família, sofreu prejuízos estimados em R$ 1.500 em mercadorias como congelados e peixes devido ao apagão. Na sexta-feira, 12 de dezembro, cansada das perdas, ela investiu outros R$ 1.500 na aquisição de um gerador.

Manifestações na sexta-feira

Os protestos tiveram início na sexta-feira, quando diversos bairros acumulavam mais de três dias sem eletricidade. Na Bela Vista, região central, moradores se reuniram ao final da tarde para reclamar da Enel. Até sábado, a energia permanecia desligada. A falta de eletricidade também interrompeu o fornecimento de água na região.

Em outro protesto com cerca de 40 participantes na avenida Escola Politécnica, zona oeste, moradores atearam fogo e bloquearam uma das vias. No Grajaú, zona sul, um morador destacou: “Três dias sem luz, a Enel passa e não resolve nada”. Ele avisou que, caso não houvesse uma solução, bloquearia o outro lado da via.

Manifestações também ocorreram em Pirituba, com interdições de ruas, e no Jardim Miriam, onde o trânsito foi interrompido e mensagens de protesto foram pintadas no asfalto.

A mobilização se estendeu a cidades da Grande São Paulo, como Itapevi, onde pneus foram incendiados e vias bloqueadas. Em Cotia, a Estrada da Represinha foi fechada; em Santo André, o bairro Jardim Clube de Campo foi palco dos protestos; em Cajamar, a rodovia Anhanguera foi bloqueada. Em Embu das Artes, o prefeito Hugo Prado participou do protesto acampando em frente à Enel.

Expectativa de restabelecimento

A Enel informou na manhã do sábado que prevê restabelecer a energia a todos os afetados até o fim do domingo, 14 de dezembro. A decisão veio após determinação judicial que obrigou a empresa a regularizar o serviço em até 12 horas, sob risco de multa de R$ 200 mil por hora de atraso.

A concessionária destacou que o vendaval que atingiu a região foi o mais prolongado já registrado, e conforme dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), desde 2006, o Mirante de Santana nunca havia registrado uma sequência tão extensa de ventos acima de 70 km/h em São Paulo.

A empresa explicou que as condições meteorológicas adversas dificultaram significativamente os trabalhos, pois ventos fortes causavam novas interrupções, mesmo durante a execução dos reparos.

Desde a quarta-feira, a Enel mobilizou quase 1.800 equipes para atuar nos reparos e, até o momento, conseguiu restaurar o serviço para cerca de 3,1 milhões de clientes afetados pelo vendaval, utilizando sistemas automáticos e muito esforço das equipes em campo.

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