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Protestos em várias capitais contra redução de penas beneficiam Bolsonaro
Manifestantes realizam atos em diversas capitais brasileiras neste domingo, manifestando oposição ao projeto de lei que altera a dosimetria das penas para condenados pelos ataques golpistas de 8 de janeiro, favorecendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O projeto, já aprovado pela Câmara dos Deputados, será analisado esta semana pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e pelo plenário do Senado Federal.
No Rio de Janeiro e em São Paulo, as manifestações começaram à tarde, em pontos emblemáticos como a Praia de Copacabana e a Avenida Paulista, respectivamente.
Na orla do Rio, o evento reúne artistas renomados como Gilberto Gil e Caetano Veloso, similar ao ocorrido em setembro durante a mobilização contra a PEC da Blindagem, que foi rejeitada no Senado. Em São Paulo, apresentações culturais também estão programadas.
Em Brasília, o protesto concentrou-se na Esplanada dos Ministérios, partindo do Museu Nacional e caminhando até o Congresso Nacional.
Seguindo à convocação de partidos como PT, Psol e PCdoB, apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniram com bandeiras dessas legendas, entoando frases como “Sem anistia!” e “Bolsonaro na cadeia”.
Além das capitais mencionadas, manifestantes também se mobilizaram em cidades como Belo Horizonte, Salvador, Manaus, Belém, Natal, São Luís, João Pessoa, Campo Grande, Maceió, Recife, Teresina e Florianópolis desde a manhã.
Contexto do Projeto de Lei
O PL da dosimetria modifica significativamente as punições para os responsáveis pelos ataques antidemocráticos de 8 de janeiro e pela tentativa de golpe, com impacto direto na sentença do ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente condenado a 27 anos e três meses de prisão.
Rio de Janeiro
Em Copacabana, o ato político-cultural contou com a participação de artistas, movimentos sociais, partidos e sindicatos, iniciando à tarde. Durante o evento, os manifestantes gritaram slogans contra a anistia e criticaram o presidente da Câmara, Hugo Motta, além de exibirem faixas contra o Congresso Nacional.
O ato também abordou temas como o combate ao feminicídio e o fim da escala de trabalho 6×1, organizado com o apoio de centrais sindicais e partidos de esquerda.
Confirmada a presença de artistas como Chico Buarque, Paulinho da Viola, Fernanda Abreu, Emicida, Lenine e Tony Bellotto. As apresentações mesclaram-se com discursos políticos a partir das 14h.
São Paulo
Na Avenida Paulista, a mobilização teve início às 14h, convocada por partidos de esquerda e sindicatos. O protesto ocorreu em frente ao Masp e foi menor em número comparado ao ato anterior contra a PEC da Blindagem, quando cerca de 42 mil pessoas estiveram presentes.
Os protestos criticaram principalmente Hugo Motta, por pautar a revisão da dosimetria que favorece o ex-presidente Bolsonaro e militares.
Faixas e cartazes com dizeres como “Congresso inimigo do povo” e críticas diretas a Hugo Motta foram exibidos. Um boneco inflável representando o ex-presidente trajando roupa de presidiário foi levado ao local.
Discursos também criticaram o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e houve clamor para que Bolsonaro cumpra sua pena na prisão.
Estiveram presentes e discursaram figuras como os ministros Guilherme Boulos (PSOL) e Paulo Teixeira (PT), além do presidente do PT, Edinho Silva, e a líder do Psol, Paula Coradi.

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