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Protestos violentos continuam na Indonésia; presidente chama atos de terrorismo

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Multidões irritadas após um caso de abuso policial invadiram casas de políticos na Indonésia, levando o presidente Prabowo Subianto a declarar no domingo (31) que algumas ações durante os protestos configuram “traição” e “terrorismo”.

A confusão teve início na sexta-feira (29), após a divulgação de imagens que mostram um mototaxista sendo atropelado por uma viatura da polícia durante uma manifestação na capital, Jacarta. Desde então, a cidade vivenciou protestos constantes contra problemas econômicos, corrupção e os privilégios dos políticos locais.

No mesmo dia, três indivíduos perderam a vida em um incêndio em um edifício público na ilha de Sulawesi, causado por manifestantes que lançaram coquetéis molotov.

No episódio mais recente, na madrugada de domingo, grupos invadiram a residência da ministra das Finanças, Sri Mulyani Indrawati, em Tangerang do Sul, cidade próxima a Jacarta, conforme relatos de soldados e vizinhos à AFP.

O morador Damianus Rudolf afirmou que os invasores, cerca de 150 divididos em dois grupos, levaram televisores, equipamentos de som, peças decorativas, roupas e utensílios domésticos da casa.

A ministra Sri Mulyani, uma figura influente e ex-executiva do Banco Mundial, não estava no local durante o ataque.

De sábado para domingo, outras residências de parlamentares da coalizão liderada por Prabowo também foram saqueadas.

Os protestos se estenderam por outras cidades importantes em Java, Lombok, Bali e Sumatra.

Para conter a agitação, a rede social TikTok, com 100 milhões de usuários na Indonésia, suspendeu temporariamente as transmissões ao vivo durante alguns dias para evitar incitação.

No domingo, o presidente qualificou os atos violentos como “traição e terrorismo” e reforçou que o direito a manifestações pacíficas deve ser garantido, mas não se pode ignorar ações ilegais.

Prabowo prometeu investigar o atropelamento do mototaxista, que desencadeou a violência. Sete policiais permanecem detidos relacionados ao caso.

Esses protestos representam os maiores e mais violentos desde que Prabowo Subianto assumiu a presidência há menos de um ano, configurando um desafio significativo para seu governo.

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