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PSOL pede afastamento de Tarcísio na Alesp por ataque à soberania

A bancada do PSOL na Assembleia Legislativa de São Paulo apresentou, nesta segunda-feira, 21, um pedido de afastamento do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). O pedido aponta que o governador teria cometido crimes de responsabilidade ao apoiar ações do governo Trump contra o Brasil e tentar ajudar o ex-presidente Jair Bolsonaro, que é investigado por suspeita de tentar um golpe de Estado.
Segundo o documento, o governador ultrapassou seus limites ao agir como se defendesse interesses estrangeiros durante uma crise diplomática grave, contrariando seu dever como líder estadual. O pedido foi assinado pelos deputados estaduais Carlos Giannazi, Ediane Maria, Guilherme Cortez, Mônica Seixas e Paula da Bancada Feminista.
A iniciativa surge em meio ao anúncio de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros pelos Estados Unidos, com validade a partir de agosto de 2025. O ex-presidente Trump afirmou que essa medida era um ato de apoio ao ex-presidente Bolsonaro.
O deputado Guilherme Cortez afirmou que, enquanto o Brasil enfrenta uma crise econômica e institucional sem precedentes, o governador age como um representante de um projeto autoritário externo que busca enfraquecer o país, sua democracia e economia.
A denúncia destaca desde o apoio declarado de Tarcísio ao ex-presidente americano — que incluiu a publicação de um vídeo usando um boné com o slogan da campanha de Trump — até sua tentativa de intervir junto ao Supremo Tribunal Federal para liberar o passaporte de Bolsonaro, que poderia facilitar negociações para evitar as tarifas anunciadas.
Para o PSOL, essa postura pode ser vista como tentativa de obstrução da justiça e favorecimento a um investigado que poderia deixar o país, além de colaborar para a imposição de sanções econômicas mais severas pelos Estados Unidos.
Na sexta-feira, 18, Tarcísio expressou apoio a Bolsonaro nas redes sociais, afirmando que ele sabe que estão ao seu lado. Em seguida, defendeu que o ex-presidente foi humilhado e ressaltou a necessidade de justiça e pacificação política para o país seguir um caminho equilibrado e democrático.
Essa declaração ocorreu após o Supremo Tribunal Federal tomar medidas restritivas contra Bolsonaro, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e limitações em suas atividades.
No início do mês, após o anúncio das tarifas, o governador culpou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo aumento dos impostos, acusando o líder do PT de priorizar a ideologia em detrimento da economia, sem criticar o STF. Posteriormente, qualificou a medida como negativa e falou que o governo federal deveria agir para reverter a situação.
O governador ainda não se manifestou oficialmente sobre o pedido de afastamento, e permanece aberto o espaço para sua resposta.

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