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Putin quer debater corte de armas nucleares, diz Kremlin após fala de Trump
Presidente dos EUA disse na quinta-feira (23) que Rússia e China poderiam apoiar a redução de suas capacidades nucleares
O presidente russo Vladimir Putin deixou claro que quer reiniciar as negociações sobre cortes de armas nucleares o mais rápido possível, disse o Kremlin nesta sexta-feira (24) em resposta aos comentários do presidente dos EUA, Donald Trump.
Trump disse na quinta-feira (23) que queria trabalhar para cortar armas nucleares, acrescentando que achava que Rússia e China poderiam apoiar a redução de suas próprias capacidades de armas.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que a “bola estava na quadra de Washington”.
Na quarta-feira (22), Trump também ameaçou impor novas sanções e tarifas contra a Rússia se a guerra na Ucrânia não for encerrada.
Entenda a guerra entre Rússia e Ucrânia
A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e entrou no território por três frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, país forte aliado do Kremlin. Forças leais ao presidente Vladimir Putin conseguiram avanços significativos nos primeiros dias, mas os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, ainda que a cidade também tenha sido atacada. A invasão foi criticada internacionalmente e o Kremlin foi alvo de sanções econômicas do Ocidente.
Em outubro de 2024, após milhares de mortos, a guerra na Ucrânia entrou no que analistas descrevem como o momento mais perigoso até agora.As tensões se elevaram quando o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque em solo ucraniano. O projétil carregou ogivas convencionais, mas é capaz de levar material nuclear.
O lançamento aconteceu após a Ucrânia fazer uma ofensiva dentro do território russo usando armamentos fabricados por potências ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França.
A inteligência ocidental denuncia que a Rússia está usando tropas da Coreia do Norte no conflito na Ucrânia. Moscou e Pyongyang não negam, nem confirmam o relato.
O presidente Vladimir Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, disse que as forças russas estão avançando muito mais efetivamente – e que a Rússia alcançará todos os seus objetivos na Ucrânia, embora ele não tenha dado detalhes.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse acreditar que os principais objetivos de Putin são ocupar toda a região de Donbass, abrangendo as regiões de Donetsk e Luhansk, e expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, das quais controlam partes desde agosto.
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