Centro-Oeste
Quadrilha vendia carros roubados com placas falsas no DF

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) realizou a Operação Xingu para desmantelar uma quadrilha que furtava e alterava os veículos para vender tanto no Distrito Federal quanto em outras regiões próximas e unidades federativas.
As investigações conduzidas pela Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri) revelaram que pelo menos dez envolvidos participaram dessa organização criminosa.
Durante a ação policial, duas pessoas foram capturadas em flagrante por adulteração de automóveis e posse ilegal de armamento restrito. Foram apreendidos uma pistola calibre 9mm, uma carabina calibre 22, quatro motocicletas com registro de roubo ou furto, diversas peças suspeitas, um carro com sinais de identificação falsificados e celulares.
Os mandados foram cumpridos em diversas localidades, incluindo Ceilândia, Recanto das Emas, Samambaia, Taguatinga, Estrutural, além de cidades goianas como Cidade Ocidental e Anápolis.
A análise dos dados apontou que o grupo operava com métodos organizados, repartição clara de funções e utilizava estabelecimentos comerciais como fachada para suas atividades ilícitas — entre eles um lava-jato, uma loja de emplacamento e uma concessionária de veículos e motos.
O líder da quadrilha comandava a encomenda de veículos para roubos e furtos, indicava modelos e locais para os crimes, gerenciava a adulteração dos sinais identificadores por meio de falsificadores e fornecedores das placas adulteradas, além de negociar diretamente com os receptadores dos automóveis.
O principal operador cuidava da logística para esconder e transportar os carros roubados, inclusive para outros estados, e estava envolvido no comércio ilegal de armas e equipamentos eletrônicos usados para desativar rastreadores.
Um dos receptadores morador em Anápolis recebia os carros adulterados do líder, fornecia informações para a clonagem das placas, negociava os valores e a entrega, desempenhando o papel de destinatário final e redistribuidor dos veículos ilegais. Ele também estava ligado à negociação de armamentos ilegais.
Outro integrante participou diretamente dos roubos, tendo subtraído um Fiat Mobi em 13 de março de 2024 e negociado a entrega do veículo, além de solicitar armamentos e ferramentas para bloquear rastreadores durante os crimes.
O esquema ainda contava com apoio logístico de um lava-jato, onde os veículos recém-roubados eram escondidos e preparados para venda com a troca das placas, tudo isso com conhecimento da origem ilegal dos automóveis.

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