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Quase 1,3 milhão sem energia e sem prazo para retorno, diz Enel
A Enel, a empresa responsável pelo fornecimento de energia em São Paulo e arredores, ainda não definiu um prazo para o retorno da eletricidade. Até a noite de quinta-feira (11/12), quase 1,3 milhão de clientes permaneciam sem luz após um forte ciclone extratropical provocar ventos de até 98 km/h no estado.
A companhia declarou que suas equipes continuam trabalhando intensamente para resolver as emergências. Em algumas áreas, a solução é mais difícil, pois é necessário reconstruir completamente a rede, trocando postes, transformadores e refazendo quilômetros de cabos.
Até o momento, a Enel restabeleceu energia para cerca de 1,2 milhão de clientes, de um total de mais de 2,2 milhões afetados pelo ciclone que passou pela região na quarta-feira (10/12).
O Corpo de Bombeiros registrou mais de 1.300 atendimentos relacionados a quedas de árvores decorrentes dos ventos fortes, que bloquearam ruas, carros e transportes públicos.
De acordo com a concessionária, novos registros de clientes sem energia chegaram a cerca de 300 mil nesta quinta-feira em decorrência da continuidade dos ventos. Atualmente, a Enel concentra esforços para restabelecer o serviço para aproximadamente 1,3 milhão de usuários, o que corresponde a 15,6% da base atendida.
A Enel informou que mobilizou mais de 1.600 equipes para atuar durante todo o dia e disponibilizou mais de 700 geradores para locais de prioridade. A empresa afirmou que continuará empenhada até que a energia seja totalmente restabelecida para todos os clientes afetados.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo, criticou a atuação da Enel, chamando de irresponsável a situação em que milhões de pessoas permanecem sem energia após eventos climáticos. Segundo ele, 137 árvores já caíram na cidade, sendo que 35 só puderam ser removidas após desligamento da energia pela concessionária.
Ricardo Nunes elogiou o trabalho da equipe da prefeitura no atendimento às ocorrências, mas ressaltou que a remoção das árvores depende da ação da Enel.
A prefeitura tem feito cobranças intensas à Enel. Desde o ano passado, encaminhou ofícios ao Tribunal de Contas da União e à Agência Nacional de Energia Elétrica solicitando fiscalização mais rigorosa e aplicação de multas, além de pedir o cancelamento do contrato de concessão da energia elétrica na cidade. Também levou ao Judiciário uma ação exigindo um plano de contingência e um cronograma preventivo para o período de chuvas, vencendo a demanda.


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