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Quase 30 milhões de brasileiros pagaram por produto não entregue

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Comprar pela internet tornou-se um costume cada vez mais comum entre os brasileiros, o que tem impulsionado o aumento nos casos de crimes digitais com prejuízos financeiros diretos, conforme levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e do Instituto Datafolha.

O estudo revela que, apenas no período de junho de 2024 a julho de 2025, cerca de 29,9 milhões de pessoas no Brasil pagaram por produtos que não receberam, representando 17,7% da população do país.

O prejuízo médio das vítimas é de R$ 446, totalizando aproximadamente R$ 13 bilhões em perdas acumuladas.

De acordo com o relatório, esse é o tipo mais frequente de crime virtual que provoca dano direto à vítima, seguido por golpes envolvendo PIX ou boletos falsificados, fraudes com cartão de crédito, golpes de investimento anunciados em redes sociais e fraudes bancárias em contas correntes ou poupança.

Com exceção das fraudes bancárias, que foram incluídas recentemente, todos esses crimes apresentaram aumento, ainda que dentro da margem de erro, indicando uma tendência de crescimento nos crimes cibernéticos que causam prejuízo financeiro direto às vítimas.

Crimes digitais com impacto financeiro crescem entre consumidores

Na pesquisa de 2024, 13,7% dos participantes afirmaram ter pago por um produto não entregue, percentual que aumentou para 17,7% no estudo mais recente.

Já os golpes por meio de PIX ou boletos falsos afetaram 14,3% das pessoas em 2025, contra 10,8% em 2024, gerando um impacto financeiro total estimado em R$ 28,8 bilhões. O prejuízo médio por vítima nessas fraudes é elevado, chegando a R$ 1.198.

Fraudes com cartão de crédito atingiram 8% da população no último ano, com prejuízo individual médio de R$ 1.690, valor que ultrapassa o salário mínimo vigente, somando cerca de R$ 23 bilhões em prejuízos totais.

Em 2024, o número de pessoas afetadas por essa fraude era de 6,7%.

Golpes relacionados a investimentos anunciados em redes sociais foram relatados por 7,4% dos entrevistados, com prejuízo médio de R$ 717 por pessoa e um total aproximado de R$ 8,9 bilhões.

Esse número apontava para 6,7% em 2024.

Já as fraudes bancárias em contas correntes ou poupança foram menos frequentes, atingindo 6,5% da população, porém resultaram no maior prejuízo médio individual: R$ 3.448. O prejuízo total para todas as vítimas alcança R$ 37,9 bilhões.

Golpes via PIX têm ligação com roubos de celular

O estudo mostra uma relação entre golpes por PIX ou boleto falso e o roubo ou furto de celulares. Enquanto 14,3% da população com 16 anos ou mais sofreu esse golpe financeiro, entre as pessoas que tiveram seus aparelhos roubados ou furtados esse índice sobe para 35,1%.

Para os pesquisadores, esses dados reforçam a ideia de que o ganho obtido com o roubo ou furto de aparelhos vai muito além do valor do dispositivo, sendo o acesso às informações pessoais da vítima um fator essencial para entender a crescente onda de roubos e furtos de celulares no país.

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