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Quase 700 mortos em protestos na Tanzânia, segundo oposição
 
																								
												
												
											Quase 700 pessoas perderam a vida durante manifestações contra o governo na Tanzânia, informou nesta sexta-feira (31) o principal partido de oposição do país. A nação do leste africano vive uma série de protestos violentos desde as eleições gerais realizadas na última quarta-feira.
As eleições presidenciais e legislativas aconteceram sem a participação da oposição, pois os dois principais concorrentes da chefe de Estado, Samia Suluhu Hassan, foram presos ou impedidos de concorrer.
Os resultados das eleições ainda não foram divulgados oficialmente.
Um repórter da AFP escutou disparos intensos na quarta-feira em Dar es Salaam, a capital econômica, enquanto centenas de pessoas estavam nas ruas, realizando protestos e incendiando uma delegacia. As manifestações se espalharam pelo país.
John Kitoka, porta-voz do partido Chadema, revelou à AFP que o número de mortos em Dar es Salaam é cerca de 350, e mais de 200 em Mwanza, no norte. Somando os dados de outras regiões, o total chega a aproximadamente 700 vítimas.
Uma fonte de segurança confirmou números semelhantes à AFP.
Um pesquisador da Anistia Internacional afirmou ter recebido informações que indicam pelo menos 100 mortes na Tanzânia nos últimos dois dias. As autoridades bloquearam o acesso à internet, dificultando a obtenção de informações confiáveis.
Hospitais e unidades de saúde têm se recusado a comentar, por medo da repressão governamental. Até o momento, o governo não divulgou números oficiais de mortos.
Mesmo com a restrição de circulação em Dar es Salaam, centenas de pessoas continuaram a protestar nas ruas nesta sexta-feira, segundo John Kitoka e uma fonte de segurança.
Os manifestantes criticam Samia Suluhu Hassan, que assumiu a presidência após a morte do ex-presidente John Magufuli em 2021 e busca reeleição. Inicialmente, foi vista com bons olhos por aliviar as restrições de seu antecessor, mas depois passou a ser acusada de endurecer a repressão contra críticas ao seu governo.
 
																	
																															
 
								 
											 
											 
											 
											 
											 
											 
											 
											 
											 
											 
											 
											
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