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Quatro ex-presidentes também foram julgados antes de Bolsonaro

O Supremo Tribunal Federal (STF) está prestes a anunciar sua decisão sobre o julgamento de Jair Bolsonaro, o primeiro ex-presidente a ser processado por tentativa de golpe de Estado desde o término da Ditadura Militar (1964-1985).
Antes dele, quatro dos sete presidentes que ocuparam o Palácio do Planalto enfrentaram processos judiciais, com a maioria condenada por corrupção.
Bolsonaro está atualmente sob prisão domiciliar preventiva desde agosto, aguardando o veredito.
Fernando Collor de Mello (1990-1992)
Primeiro presidente eleito por voto direto após a Ditadura, Collor (centro-direita) renunciou no meio do mandato após o Parlamento abrir processo de impeachment por corrupção passiva.
Retornando à política em 2006 como senador, foi condenado em 2023 pelo STF a oito anos de prisão por corrupção, relacionado ao escândalo da Lava Jato, por facilitar irregularmente contratos entre uma construtora e uma subsidiária da Petrobras.
Em maio deste ano, Collor teve autorização para cumprir sua pena em prisão domiciliar devido à saúde.
Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010, 2023-atual)
Também alvo da Lava Jato, Lula foi preso por 580 dias entre abril de 2018 e novembro de 2019, condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Acusado de receber um tríplex em troca de contratos públicos, sua condenação foi anulada pelo Supremo, que apontou parcialidade do juiz da primeira instância.
Essa reversão permitiu que Lula concorresse e vencesse a eleição presidencial de 2022 contra Bolsonaro.
Dilma Rousseff (2011-2016)
Sucessora de Lula e primeira mulher presidente do Brasil, Dilma Rousseff foi destituída em seu segundo mandato pelo Parlamento, acusada de manipular as contas públicas.
A queda em sua popularidade, agravada por uma recessão e grandes protestos, facilitou o processo de impeachment.
A esquerda brasileira ainda considera o episódio um golpe de Estado parlamentar disfarçado de misoginia.
Michel Temer (2016-2018)
Vice-presidente que assumiu após o afastamento de Dilma Rousseff, Michel Temer (centro-direita) também enfrentou problemas judiciais.
Acusado de corrupção na Lava Jato, evitou o julgamento no STF em 2017 graças a votos desfavoráveis da Câmara dos Deputados.
Após deixar o cargo, foi preso duas vezes em 2019 por obstrução da justiça, mas foi liberado poucos dias depois em ambas as ocasiões.

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