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Economia

Queda no preço do petróleo após decisão do Fed e dólar forte

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Os contratos futuros de petróleo encerraram a sessão de quinta-feira em baixa, refletindo a resposta dos investidores ao recente corte na taxa de juros promovido pelo Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos.

O fortalecimento do dólar também exerceu pressão sobre os preços do petróleo nesta sessão. Os investidores permanecem atentos a possíveis novas sanções da União Europeia contra a Rússia, além de considerar a possibilidade de um aumento na produção por parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).

O petróleo tipo WTI para entrega em novembro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), caiu 0,69% (US$ 0,44), fechando a US$ 63,26 por barril. Já o Brent para o mesmo mês, negociado na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), teve uma redução de 0,75% (US$ 0,51), terminando a US$ 67,44 o barril.

A analista sênior do Swissquote Bank, Ipek Ozkardeskaya, observa que o preço do petróleo bruto segue próximo dos US$ 65 por barril, com a força do dólar limitando avanços. Segundo ela, “não se espera uma quebra consistente da faixa de US$ 62 a 65 por barril nesta semana”.

Nesta quinta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, e o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, reforçaram a necessidade de intensificar a pressão sobre a Rússia para encerrar o conflito na Ucrânia. “Se o preço do petróleo caísse, Vladimir Putin encerraria a guerra imediatamente”, afirmou Trump.

A expectativa sobre possíveis interrupções no fornecimento de petróleo russo contribuiu para sustentar os preços recentemente, embora preocupações sobre uma ampliação da produção da Opep+ tenham limitado ganhos, segundo o ING. Além disso, a redução significativa nos estoques de petróleo dos EUA nesta semana e o corte de juros pelo Fed ajudaram a conter maiores perdas, de acordo com o banco holandês.

Taxas de juros mais baixas tendem a estimular a economia e aumentar a demanda por combustíveis, o que geralmente eleva os preços do petróleo, destaca a Capital Economics. Entretanto, investidores podem ter interpretado o corte do Fed como uma medida preventiva de gestão de risco, visando evitar impactos econômicos negativos, em vez de um indicativo de flexibilização mais ampla da política monetária, indica a consultoria.

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