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Quem é Mohamad Mourad e sua ligação com fraude no combustível

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Considerado pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) como o principal envolvido no esquema milionário de fraudes e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis, Mohamad Hussein Mourad atua em todas as etapas da cadeia produtiva do setor.

Com a aquisição da empresa Copape, especializada na formulação, e da distribuidora Aster, Mohamad Mourad controlou uma ampla gama da matéria-prima, abrangendo usinas de etanol, distribuidoras, transportadoras, fabricação, refino, armazenagem, redes de postos e conveniência.

Mohamad Mourad foi um dos investigados na Operação Carbono Oculto, realizada em 28 de agosto, que apura diversas irregularidades envolvendo combustíveis, incluindo lavagem de dinheiro, fraudes fiscais e estelionato. As operações investigadas somam um valor superior a R$ 8,4 bilhões.

Mohamad se apresenta como proprietário da G8 Log, empresa de transporte que, segundo as investigações, serve apenas como fachada para proteger a frota de veículos e facilitar a lavagem de dinheiro.

A G8 Log não possui frota própria; seus caminhões estão registrados em nome da Blue Star Locação de Equipamentos, que também registra veículos ligados à Usina Grupo Itajobi, uma usina de etanol do mesmo grupo empresarial. Outro vínculo é a Locar Locadora Ltda, que contou com um primo de Mohamad Mourad em sua composição societária.

As investigações apontam que a rede de Mohamad Mourad é formada por familiares, sócios e profissionais vinculados ao grupo, incluindo irmãos e primos que participam da gestão de terminais de armazenamento e postos de combustível, utilizando fundos de investimento imobiliário para fins do grupo.

Mohamad Mourad já havia sido alvo de outras operações do Gaeco do MPSP, como a Operação Cassiopeia em 2023, que também investigou a Copape e a Aster. Antes disso, essas empresas foram alvos da Operação Arina.

A Copape é uma das maiores distribuidoras de postos de combustível sem bandeira no Brasil. A Agência Nacional de Petróleo (ANP) chegou a suspender suas atividades por suspeita de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e por irregularidades na cadeia produtiva de combustíveis.

Há cerca de oito meses, Mohamad Mourad divulgou um vídeo no LinkedIn, apresentando-se como consultor da Copape, no qual negava as acusações e afirmava que as investigações eram fruto de disputas comerciais. Segundo ele, as denúncias foram motivadas por rivalidades empresariais, especialmente com o empresário Ricardo Magro, dono da refinaria Refit.

Ele afirmou ainda que, apesar do fechamento da Copape pela ANP, as alegações contra a empresa não foram comprovadas, classificando a situação como uma guerra entre concorrentes.

Contudo, a recente operação reforça as suspeitas de envolvimento tanto com organizações criminosas quanto com fraudes na cadeia do combustível.

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