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Quem não usa máscara tem 3 vezes mais chances de ter covid-19, diz estudo

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(Amanda Perobelli/Reuters)

A prefeitura de São Paulo realiza um inquérito sorológico para identificar o tamanho da pandemia de covid-19 na cidade. E um dos questionamentos feito pelos pesquisadores é sobre como o isolamento social e o uso de máscaras pode diminuir o contágio da doença.

Um resultado preliminar, divulgado nesta terça-feira, 28, mostra que quem não usa máscara tem três vezes mais chances de ter a doença do que quem usa regularmente.

De acordo com a pesquisa, a taxa de pessoas infectadas entre os que usam o equipamento de segurança é de 9%. Já para aqueles que usam ocasionalmente, é de 30%. Para quem está no meio-termo e usa “na maioria das vezes”, o número de infectados é de 21%.

“Esses números mostram de forma muito clara que a adesão ao uso da máscara reduz a transmissibilidade de forma significativa”, disse o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, em entrevista coletiva nesta terça-feira.

A pesquisa também mostra que quanto mais mais alta é a adesão ao isolamento social, mais baixa é a contaminação. Apenas 8% das pessoas que estão respeitando as regras de sair somente quando necessário tiveram a covid-19. Quem não restringiu a circulação, o contágio foi de 25%. Quando o isolamento foi adotado de maneira parcial, a contaminação foi de 18%.

Metodologia

A primeira fase do inquérito sorológico foi feito em junho, quando 5.664 pessoas foram testadas. Na segunda etapa, o número de pessoas subiu para 5.772. Agora, nesta terceira fase foram 5.760.

O teste feito é o chamado imunocromatográfico, que tem uma taxa de confiabilidade de 99%. Ele identifica pessoas que têm o anticorpo da covid-19, ou seja, já contraíram a doença em algum momento.

Todos os testados foram determinados por sorteio e distribuídos nas 472 Unidades Básicas de Saúde da cidade. Ao todo, o estudo terá nove etapas.

SP tem 1,32 milhão de infectados

A pesquisa feita pela prefeitura ainda revela que pelo menos 1,32 milhão de pessoas foram infectadas pelo coronavírus. Considerando a população de 12,25 milhões, a prevalência na cidade seria de 11,1%. Nas duas etapas anteriores do estudo, este número estava em aproximadamente 1,2 milhão, com prevalência de 9,8%.

De acordo com o secretário da Saúde, Edson Aparecido, este número aumentou porque mais pessoas se infectaram pelo SARS-CoV-2. E do total de infectados, 40% apresentaram sintomas da doenças.

No último boletim divulgado pela pasta, a cidade tem 207.933 casos confirmados e 9.315 mortes.

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