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Economia

Randolfe destaca prioridade em restaurar cortes de gastos após reunião

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Randolfe Rodrigues, líder do governo no Congresso, declarou nesta quarta-feira que a principal meta na negociação com o Legislativo para ajustar o Orçamento, depois da rejeição da Medida Provisória que propunha uma alternativa ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), é recuperar os cortes planejados nas despesas.

Randolfe esteve presente em um encontro com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

“Nosso foco é garantir que pelo menos o que for consenso, que são os cortes nas despesas, seja mantido. A maior parte da MP, cerca de dois terços, envolvia redução de gastos”, afirmou Randolfe.

O encontro aconteceu após o Congresso derrubar a medida provisória que previa o aumento de impostos como substituição ao IOF. Com a rejeição, o governo enfrenta um déficit fiscal estimado em R$ 46 bilhões nos próximos dois anos, resultado tanto da queda na arrecadação quanto da impossibilidade de efetuar os cortes previstos.

A proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) está pendente de votação na comissão há várias semanas. A análise, que seria feita na última terça-feira, foi adiada a pedido do ministro Haddad, que desejava discutir as receitas esperadas.

Durante uma sessão da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Haddad relatou ter recebido sinais positivos de parlamentares para corrigir os impactos da derrubada da MP:

“Estamos aguardando o retorno do presidente da República. A expectativa é iniciar as tratativas em breve, pois já recebi de diversos deputados o compromisso de encontrar soluções para o problema gerado.”

O ministro também negou que o governo esteja considerando alterar a meta fiscal para 2026, ressaltando que conversará com o presidente do Congresso para avaliar os possíveis cenários da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO):

“A mudança na meta fiscal não está em discussão. Cada decisão traz suas consequências e precisamos discutir com o Davi Alcolumbre os efeitos para o orçamento”, explicou Haddad após participar da audiência na CAE.

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