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Rede de ligação entre política, crime e empresários ligada a TH Joias revelada pela PF

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O relatório da Polícia Federal apresenta um panorama detalhado da extensa rede associada ao ex-deputado estadual Tiego Raimundo de Oliveira Santos, conhecido como TH Joias, preso na Operação Zargun. O documento revela como o político, que concorreu nas eleições de 2022 pelo MDB, utilizou seu cargo para favorecer o Comando Vermelho, interligando políticos, assessores, empresários, operadores financeiros, policiais e líderes do tráfico.

A investigação destaca conexões que vão desde a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) até o Paraguai, incluindo áreas controladas pelo crime e ambientes oficiais, evidenciando a promiscuidade entre o poder público e grupos criminosos. Confira os principais envolvidos:

Núcleo político e institucional

  • Tiego Raimundo de Oliveira Santos, o TH Joias – ex-deputado estadual, suplente pelo MDB. Segundo o Ministério Público Federal, fazia parte do “núcleo de liderança” do Comando Vermelho, exercendo influência sobre a Polícia Militar, vazando operações, intermediando venda de equipamentos antidrones, câmbio, e protegendo líderes criminosos. Sua defesa nega as acusações.
  • Luiz Eduardo Cunha Gonçalves, “Dudu” – ex-assessor de TH Joias na Alerj, apontado pela PF como “lobista” do Comando Vermelho, atuava no núcleo logístico, facilitando venda de drogas, aquisição de antidrones, e distribuição de cargos públicos em benefício do tráfico.
  • Alessandro Pitombeira Carracena, “Carracena” – ex-subsecretário de Defesa do Consumidor e ex-secretário estadual de Esportes, fornecia informações sigilosas e articulava politicamente para a facção criminosa.
  • Gustavo Stteel – delegado da Polícia Federal que vazava informações de investigações e buscava cessão para a Alerj com apoio de Dudu. A defesa afirma sua inocência.

Núcleo operacional

  • Kleber Ferreira da Silva, o Kleber Política Águia ou Padrinho – ex-policial militar responsável por vazar dados sigilosos e operações para a quadrilha.
  • Rodrigo da Costa Oliveira – policial militar em serviço, principal responsável pela segurança de Índio e recrutador de outros policiais para a facção.
  • Davi Costa Rodrigues Kobbi da Silva, o Davi PQD – ex-militar e funcionário da Alerj, diretamente envolvido em negociações de drogas, armas e munições.
  • Leandro Alan dos Santos – agente socioeducativo que atuava logisticamente na entrega de drogas e armamentos, transportando cocaína e um fuzil para o Complexo do Alemão.
  • Alexandre Marques dos Santos Souza, Wallace Menezes Varges de Andrade Tobias e Wesley Ferreira da Silva – policiais militares ativos responsáveis pela segurança, transporte de armas, drogas, dinheiro e repasse de informações confidenciais.

Chefes do tráfico

  • Luciano Martiniano da Silva, “Pezão/Pé/Amendoim/Lu” – líder do tráfico no Complexo do Alemão que utilizava a influência de TH Joias para antecipar operações policiais e lavar recursos ilícitos.
  • Gabriel Dias de Oliveira, “Índio/Índio do Lixão” – braço direito de Pezão, intermediava pedidos do CV com TH Joias e negociava armas e drogas. Estava cotado para disputar eleições como vereador em Duque de Caxias com apoio da quadrilha.
  • Fhillip da Silva Gregório, “Professor” – líder do CV no Complexo do Alemão, falecido em 2025, um dos principais compradores de armamento.
  • Wallace de Brito Trindade, “Lacoste” – liderança do CV que vendia drogas excedentes ao TCP com intermediação de Dudu.
  • Thiago da Silva Folly, “TH da Maré” – chefe do TCP, faleceu em maio de 2025.
  • Álvaro Malaquias Santa Rosa, “Peixão” – traficante mencionado em conexões com o grupo.
  • Leonardo Miranda da Silva, “Léo Empada/Empada” – líder do tráfico ligado à importação de equipamentos para facções.

Ligação empresarial

  • DMM Aviação Ltda e DDM Escola de Aviação Civil Ltda – empresas utilizadas para a lavagem de dinheiro por meio de pagamentos vinculados à compra de fuzis.
  • Angel Antonio Flecha Barrios – traficante paraguaio de armas, alvo da Operação Dakovo, conectado às empresas DMM/DDM, fornecia armamento para organizações criminosas como PCC, CV e ADA.
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