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Economia

Reforma Tributária 2027: comerciantes precisam se adaptar já

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Com a implantação da Reforma Tributária em 2027, pequenos comerciantes e empreendedores devem usar o ano de 2026 para se preparar e organizar seus negócios.

Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), as micro e pequenas empresas representam 27% da economia do país, o que evidencia a relevância das mudanças para esses empreendedores.

A contadora Azenate Xavier destacou que mesmo os negócios enquadrados no Simples Nacional precisam estar atentos.

“Mesmo que o Simples não esteja em fase experimental, as empresas devem estar organizadas. É fundamental regularizar as finanças, enviar toda a documentação para a contabilidade e compreender o perfil de seus clientes, seja consumidor final ou outras empresas”, explicou.

No ano de 2026, não haverá aumento de impostos nem novas obrigações fiscais, mas este período deve ser utilizado para avaliar o efeito das novas contribuições, como a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e IBS (Imposto sobre Bens e Serviços).

Azenate ressaltou que “quem comercializa para outras empresas precisa redobrar a atenção, pois pode perder competitividade no mercado caso não consiga proporcionar crédito tributário ao cliente”.

Além disso, o Sebrae informou que em 2024 foram abertas 874 mil novas microempresas, um crescimento de 21% em relação a 2023.

Para se antecipar, o comerciante deve seguir três passos principais: organizar suas finanças controlando receitas, despesas e lucros; enviar toda a documentação fiscal para a contabilidade, incluindo notas fiscais e comprovantes de despesas; e entender seu modelo de atuação, identificando se suas vendas são direcionadas principalmente para empresas ou para consumidores finais.

“Com essas informações, o contador consegue projetar diferentes cenários. É possível verificar o quanto se paga permanecendo no Simples e quanto custaria migrar para outro regime. Quando os números ficam claros, a decisão é facilitada”, concluiu Azenate.

A contadora reforçou que a Reforma Tributária deve ser encarada com atenção, não com receio.

“Essa mudança representa uma nova estrutura tributária. Quem mantiver a contabilidade em dia passará por essa transição sem maiores problemas, enquanto quem não estiver preparado pode sentir as consequências financeiras”, ponderou.

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