Economia
Responsabilidade é essencial para confiança no Banco do Brasil, afirma Tarciana

Tarciana Medeiros, presidente do Banco do Brasil, declarou na quarta-feira, 20, que é irresponsável questionar a confiança e a integridade da instituição financeira. A fala ocorreu durante o 1º Seminário de Governança, Riscos, Controle e Integridade, promovido pelo Ministério da Fazenda.
“É uma atitude irresponsável quando alguém tenta duvidar da confiabilidade, segurança e integridade de uma empresa como o Banco do Brasil”, enfatizou Tarciana. Ela também pediu que as pessoas não acreditem em notícias falsas e que combatam desinformações com responsabilidade, especialmente por serem servidores públicos.
Tarciana Medeiros ressaltou que o Banco do Brasil permanece sólido e resistente. “Somos um banco público de economia mista, com uma saúde financeira robusta, em conformidade com a legislação brasileira, além das normas dos mais de 20 países onde atuamos há mais de 80 anos. Estamos falando do maior banco público federal no país.”
O banco enfrentou queda nas ações em 19 de julho, após decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, que afastou a aplicação de leis estrangeiras sobre brasileiros no Brasil, em contexto de tensão envolvendo a Lei Magnitsky, aplicada pelos Estados Unidos ao ministro Alexandre de Moraes.
Em resposta, o Banco do Brasil afirmou na manhã de quarta-feira que possui vasta experiência em relações internacionais e está preparado para gerenciar assuntos complexos ou sensíveis relacionados a regulações globais.
Especialistas indicam que a preocupação decorre do papel político relevante da instituição, que é responsável pelo pagamento dos salários dos ministros do STF, grupo alvo de críticas e sanções dos EUA devido ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe.
Além disso, o banco vem enfrentando desafios financeiros recentes. Seu lucro caiu 60% em um ano no segundo trimestre, decepcionando o mercado. Problemas na carteira de crédito, especialmente por grandes produtores rurais das regiões Centro-Oeste e Sul, provocaram a redução do retorno sobre o capital próprio (ROE) para 8,4% no período abril-junho.
Esse é o menor nível entre os grandes bancos e o ponto mais baixo do BB desde 2016, ano da crise do impeachment de Dilma Rousseff. Com o aumento da inadimplência, o banco teve que aumentar suas provisões para calotes em 105% no segundo trimestre. O BB indica que a situação pode continuar difícil no terceiro trimestre, mas espera uma recuperação dos resultados no próximo ano.

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