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Responsabilidade principal da tarifa de Trump é da família Bolsonaro, diz Leite

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O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), declarou nesta quarta-feira que a principal responsabilidade pela imposição das novas tarifas americanas sobre produtos brasileiros recai sobre a família Bolsonaro.

Ele mencionou ainda que o próprio deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reconheceu publicamente sua participação nas articulações que levaram a essa medida.

— É evidente que há um papel do próprio presidente da República nessa situação. Contudo, a responsabilidade maior pela aplicação desse ônus ao Brasil e aos brasileiros está na família Bolsonaro — afirmou, complementando: — Eles próprios assumem essa responsabilidade. O deputado Eduardo Bolsonaro confirma isso. Contudo, não se pode negar que algumas declarações do presidente Lula também colaboraram para criar um clima de tensão.

Leite teve reunião com o vice-presidente Geraldo Alckmin nesta quarta-feira. Entre as falas do presidente Lula que, segundo ele, prejudicaram as relações com Washington, estão críticas ao dólar e comentários com tom antiamericano.

O governador recomendou que o governo brasileiro mantenha uma postura de equilíbrio e calma no diálogo com os EUA, citando o Canadá como exemplo de país que, mesmo diante de provocações, conseguiu preservar relações diplomáticas estáveis para evitar impactos econômicos.

No encontro com Alckmin, foram discutidos os impactos do aumento tarifário — que implica uma sobretaxa de 50% em diversos produtos — sobre a economia do Rio Grande do Sul e as negociações para ampliar a lista de isenções junto ao governo dos Estados Unidos. Entre os setores mais afetados no estado, Leite destacou as indústrias de armamentos e munições, calçados, metalurgia e madeira.

Pacote de apoio

O governador informou que Alckmin mencionou a elaboração de um pacote significativo de medidas para ajudar as empresas mais prejudicadas.

Leite comparou a situação atual com crises anteriores, como as enchentes no Rio Grande do Sul e a pandemia, defendendo que políticas similares sejam aplicadas para proteger empregos e a atividade econômica.

No âmbito estadual, o Rio Grande do Sul já implementou uma linha de crédito subsidiada pelo Banco Regional de Desenvolvimento e está finalizando um programa para agilizar a transferência de créditos de ICMS acumulados por exportadores.

O governador ressaltou que o estado possui recursos limitados para enfrentar a crise e pediu que o governo federal direcione os esforços fiscais para os setores mais impactados.

— Não é eficaz criar programas amplos que atendam empresas que talvez não sejam grandes exportadoras e que consomem muitos recursos fiscais sem garantir benefícios diretos para a manutenção dos empregos — concluiu.

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