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Restaurante que serviu alimentos contaminados recebeu verba milionária do governo

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A empresa DMI Comércio de Alimentos e Bebidas LTDA, conhecida como Nana Café, responsável por fornecer refeições com presença de insetos e fragmentos plásticos no Ministério da Saúde, já acumulou R$ 5,6 milhões em contratos com o governo federal.

Desde 2015, a Nana Café tem participado de licitações e atualmente mantém contratos ativos com três ministérios: Ministério de Minas e Energia (MME), Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

No Ministério de Minas e Energia, a Nana Café recebe mensalmente R$ 146.850,60 para operar restaurante e lanchonete self-service, mesma atividade realizada anteriormente no Ministério da Saúde até o fim do contrato. O acordo começou em fevereiro de 2025 e está previsto para terminar em agosto de 2027.

No Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, a empresa recebe R$ 18.039,60 para ceder uma área de 680 m² localizada dentro do prédio do Ministério da Economia, bloco K, na Esplanada dos Ministérios. Este contrato está em vigor desde março de 2022 e vai até março de 2026.

O Ministério da Agricultura possui um contrato no valor de R$ 17 mil referente à cessão de espaço com 586,55 m², que inclui também a disponibilização de bens móveis e equipamentos da empresa.

A DMI foi contactada para esclarecimentos, mas até o momento da publicação não retornou os comunicados. O local permanece aberto para manifestações.

Encerramento de contrato por irregularidades alimentares

O Ministério da Saúde interrompeu o contrato com o restaurante localizado no anexo do Bloco G após a constatação de refeições contendo insetos, fragmentos plásticos e peças metálicas.

O Metrópoles teve acesso ao documento no qual a pasta notifica a empresa por sérias falhas nas práticas de higiene e manipulação dos alimentos.

Segundo o ministério, vários funcionários apresentaram sintomas de intoxicação alimentar decorrente da ingestão de alimentos contaminados por microrganismos.

“Durante as inspeções rotineiras, foram detectadas falhas graves nos procedimentos de higienização e manipulação de alimentos, incluindo a presença de contaminantes físicos e biológicos”, conforme consta no documento do Ministério da Saúde.

De acordo com a pasta, tais falhas demonstram deficiência nos processos de limpeza e na supervisão das boas práticas de manipulação, contrariando cláusulas contratuais e normas sanitárias vigentes.

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