Reviravolta no caso de morte de jovem no DF: não foi overdose

O caso de uma jovem de 22 anos que faleceu no início do mês no Condomínio Mestre D’Armas II, em Planaltina, teve uma mudança significativa no curso das investigações. Inicialmente considerada uma overdose, a morte agora é tratada como feminicídio, e o pai da vítima foi preso de forma preventiva na terça-feira (21/10).

No dia do falecimento, o pai alegou que a jovem teria passado mal após usar cocaína em excesso, apresentando convulsões. Ele afirmou que os ferimentos no pescoço e na boca eram resultado de tentativas de reanimá-la.

No entanto, a investigação revelou divergências na versão do pai, que não mencionou uma testemunha presente na casa durante a madrugada, pouco antes do ocorrido. Novos depoimentos e exames forenses trouxeram à tona essas incongruências.

Além disso, os investigadores descobriram que o pai tentou modificar a cena do crime, limpando o sangue da jovem e removendo drogas e outros objetos do local. O laudo do corpo indicou ferimentos incompatíveis com tentativas de ressuscitação.

Diante dessas evidências, o delegado da 16ª Delegacia de Polícia em Planaltina solicitou a prisão preventiva do suspeito, medida que foi aprovada pela Justiça do Distrito Federal.

O homem foi encontrado em uma clínica de recuperação para dependentes químicos próxima a Águas Lindas de Goiás e foi levado à 16ª DP, sendo depois encaminhado à carceragem da Polícia Civil do Distrito Federal.