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Rigoberta Menchú, Nobel da Paz, se torna cidadã mexicana

A ativista indígena Rigoberta Menchú, laureada com o Nobel da Paz, recebeu nesta quarta-feira (16) sua carta oficial de naturalização como cidadã mexicana, anunciou a chancelaria do México.
A Secretaria de Relações Exteriores do México compartilhou na rede social X imagens do momento em que Menchú, trajando roupas tradicionais maias, foi entregue o documento pelo chanceler mexicano, Juan Ramón de la Fuente.
Durante a cerimônia, De la Fuente destacou a trajetória da ativista, reconhecendo sua luta pela proteção dos direitos humanos e dos povos indígenas, além de suas valiosas contribuições acadêmicas em diversas universidades mexicanas e internacionais.
Com 66 anos, Menchú recebeu o cobiçado prêmio em 1992 por sua dedicação humanitária em defesa das comunidades indígenas.
Nascida na Guatemala, Rigoberta Menchú ingressou na causa dos direitos humanos após uma infância marcada por abusos e violência perpetrada por forças militares.
Seu pai, Vicente Menchú, foi morto em 1980 junto com outras 36 pessoas durante a invasão violenta da embaixada da Espanha em Guatemala, local ocupado por indígenas, camponeses e estudantes que protestavam contra a repressão militar.
Sua mãe também faleceu após ter sido sequestrada e torturada pelos militares.
Em 1981, Menchú buscou refúgio no México para escapar da guerra civil que devastava seu país, conflito responsável pela morte ou desaparecimento de mais de 200 mil pessoas entre 1960 e 1996.
A medalha e o diploma do Nobel da Paz da ativista estão expostos no Museu do Templo Maior, na Cidade do México.
Rigoberta Menchú já disputou a presidência da Guatemala em duas ocasiões.

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