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Rodoviários ameaçam com paralisação, para exigir repasses do governo

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Categoria alega que o GDF não teria repassado R$ 203 milhões referentes ao subsídio das passagens do transporte coletivo

Hugo Gonçalves/Esp.CB/D.A Press

A categoria alega que o governo de Brasília deve R$ 203 milhões, valor refutado pelo Executivo: queda de braço

O Distrito Federal sofre a ameaça de uma greve geral dos rodoviários neste fim de ano. O presidente da Associação das Empresas Brasilienses de Transporte Urbano de Passageiros (Abratup), Barbosa Neto, disse que os ônibus podem parar de rodar no dia 20 deste mês, pois o GDF não teria repassado R$ 203 milhões referentes ao subsídio das passagens do transporte coletivo. Segundo a entidade, a dívida é de 2015, além de setembro, outubro e novembro de 2016. O GDF afirma que um acordo prevê o pagamento dos repasses do ano passado em 2017, e que os mais recentes foram efetuados.
Atualmente, 48% dos custos com o transporte de passageiros de ônibus são arcados pelo governo. O GDF paga para as empresas o valor referente ao passe livre estudantil, à gratuidade oferecida aos deficientes e aos idosos. Por causa de supostos atrasos, Barbosa Neto explica que as empresas não têm dinheiro para honrar o 13º salário e o adiantamento dos vencimentos de janeiro. “Se o pagamento não for efetuado até 20 de dezembro, os salários serão atrasados. Com isso, a categoria deve parar. Em dezembro, além da redução no número de passageiros por conta das férias, ainda temos custos maiores, como o 13º salário”, diz.
O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Jorge Farias, conta que foi informado pelos empresários da possibilidade de atraso nos pagamentos. E alerta que a categoria não pode continuar trabalhando dessa forma. “Nós estamos fazendo a nossa parte, mantendo o nosso trabalho e cumprindo a tarefa todos os dias. Esse problema entre empresas e o governo não diz respeito aos trabalhadores. Então, se nada for resolvido e o salário não cair na conta até dia 20, nós pararemos de trabalhar”, ameaça.
Dívidas
O secretário de Mobilidade, Fábio Ney Damasceno, negou que o Executivo local deva R$ 203 milhões a essas empresas. Também informou que ontem foram depositados R$ 27 milhões, referentes ao mês de outubro. “Nós iniciamos o governo com uma dívida de R$ 50 milhões em 2014. Quitamos esse débito e, por causa da crise econômica de 2015, acabamos atrasando algumas parcelas do ano em questão. No total, ficou uma dívida de R$ 88 milhões do ano passado, que acordamos em pagar em 2017. Neste ano, quitamos todos os meses, até setembro, sendo que 93% da dívida de outubro foi paga e estamos realizando um levantamento sobre o valor que temos de pagar referente a novembro, para efetuar o repasse”, detalha Fábio.

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