Romeu Zema responde a crítica de Carlos Bolsonaro

Romeu Zema, governador de Minas Gerais e pré-candidato à Presidência em 2026, comentou a postagem feita por Carlos Bolsonaro, filho do vereador Carlo Bolsonaro (PL), que comparou governadores de direita a ratos. Em coletiva de imprensa em São Paulo nesta quarta-feira (20/8), Zema afirmou ter conversado com o ex-presidente Jair Bolsonaro, que apoia sua pré-candidatura.

Questionado sobre o comentário de Carlos, o governador mineiro declarou: “Quero dizer que quanto mais representantes a direita tiver, mais forte ela será. Ouvi isso do próprio presidente Bolsonaro, quando o informei, há cerca de 30 dias, sobre minha pré-candidatura. Ele disse que quanto mais candidatos da direita houver, melhor e mais forte será.”

A postagem do integrante do clã Bolsonaro ocorreu um dia após o lançamento da pré-candidatura de Zema em São Paulo. Sem mencionar nomes, Carlos publicou na rede social X críticas contundentes aos chamados ‘governadores democráticos’.

Na publicação, Carlos afirmou: “A realidade é dura: muitos se comportam como ratos, sacrificando a população pelo poder, e não diferem dos petistas que dizem combater. Gritam ‘fora PT’, mas não lideram nem representam o povo. Querem apenas se apoiar em Bolsonaro, de forma vergonhosa e patética.”

Ele ainda acusou esses líderes de se preocuparem apenas com interesses pessoais e do mercado, classificando suas ações como desumanas, oportunistas e falsas, escondendo-se atrás de aparente prudência técnica e intitulando-os de cúmplices covardes.

Romeu Zema negou que tais declarações indiquem divisões na direita e ressaltou que a família Bolsonaro enfrenta momentos difíceis, mostrando solidariedade.

Além de Zema, outros nomes da direita que sondam a disputa presidencial, diante da inelegibilidade e prisão de Bolsonaro, incluem os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (União), do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), e de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Conflitos recentes da família Bolsonaro com esses potenciais candidatos já foram observados. Por exemplo, Tarcísio de Freitas foi criticado por negociar contra o aumento das tarifas, enquanto Eduardo Bolsonaro tenta influenciar a pressão dos EUA por uma anistia para seu pai.

No Twitter, Eduardo lançou uma indireta a Tarcísio, sugerindo desconfiança de quem priorize o tema das tarifas e ignore os presos políticos ou conflitos institucionais, especialmente em relação à carta enviada por Trump que busca solucionar essas questões.