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Rua 25 de Março em São Paulo é alvo de investigação por comércio ilegal

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Localizada no coração de São Paulo, a Rua 25 de Março está sob investigação por práticas comerciais ilegais. A investigação foi iniciada pelo Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR) em 15 de julho, baseada na Seção 301 da Lei Comercial dos EUA, que apura práticas consideradas desleais.

Essa rua é um dos principais centros de compras da cidade, dominada principalmente por comerciantes chineses. O Grupo Bitong, uma facção da chamada Máfia Chinesa, atua nesta região e é conhecido por extorquir e ameaçar lojistas locais.

Em janeiro deste ano, o governo dos Estados Unidos listou a Rua 25 de Março como um dos maiores mercados mundiais de produtos piratas e falsificados. O relatório do USTR identificou 38 sites e 33 mercados físicos globalmente, destacando sete mercados notórios na região do Centro Histórico de São Paulo, incluindo o Shopping 25 de Março, a Galeria Pagé, a Santa Ifigênia, o Shopping Tupan, o Shopping Korai, a Feira da Madrugada e a Nova Feira da Madrugada.

Investigação comercial dos EUA

A investigação, feita pouco depois do presidente Donald Trump impor uma taxação de 50% sobre produtos brasileiros, visa apurar atividades comerciais injustas do Brasil em relação aos Estados Unidos. O objetivo da Seção 301 é combater práticas consideradas injustas ou discriminatórias de governos estrangeiros.

O documento do USTR ressalta que a pirataria na 25 de Março é um problema persistente, apesar das operações de fiscalização. Além disso, menciona problemas também no comércio digital e sistemas de pagamento eletrônico, como o Pix.

O relatório destaca que a falha do Brasil em combater eficazmente a pirataria prejudica trabalhadores americanos ligados a setores de inovação e criatividade, que são afetados pelas práticas ilegais.

Atuação da Máfia Chinesa na região

O Grupo Bitong, liderado por Liu Bitong, preso pela Polícia Federal em dezembro de 2024, é responsável por extorsões e ameaças dentro da comunidade chinesa que atua na Rua 25 de Março. Liu Bitong foi capturado na fronteira com a Venezuela e está recolhido em penitenciária federal em Boa Vista (RR).

A organização criminosa, que foca na venda ilegal de capinhas de celular, é uma ramificação conhecida da Máfia Chinesa, ou Tríade Chinesa. Embora parte dos membros tenha sido presa em 2017 e o líder detido no ano passado, a quadrilha ainda exerce ameaça sobre os comerciantes locais.

Levantamento junto à Secretaria da Administração Penitenciária mostrou que, dos 17 membros identificados do Grupo Bitong, apenas dois permanecem presos em São Paulo, além do líder e um outro membro cumprindo prisão domiciliar. Oito integrantes passaram pela Penitenciária de Itaí e foram liberados, refletindo um cenário preocupante de insegurança para lojistas da região.

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