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Rubio alerta sobre risco de planos de anexação israelense em Cisjordânia para acordo de paz em Gaza

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O Secretário de Estado americano, Marco Rubio, manifestou preocupação na última quarta-feira, antes de sua viagem a Israel, sobre os recentes movimentos do governo israelense para anexar partes da Cisjordânia, afirmando que tais ações colocam em perigo o acordo de paz existente em Gaza, elaborado sob a administração do presidente Donald Trump.

Altos oficiais dos Estados Unidos visitam Israel esta semana com a finalidade de fortalecer o frágil cessar-fogo vigente após dois anos de conflito. O clima de estabilidade foi ameaçado por uma votação no Parlamento israelense que autoriza a extensão da soberania sobre um assentamento a leste de Jerusalém e potencialmente em toda a Cisjordânia.

Rubio afirmou que essa iniciativa representa uma ameaça ao cessar-fogo em Gaza e considerou o movimento como contraproducente para os esforços de paz. Ele enfatizou que, no momento, os Estados Unidos não podem apoiar tais medidas.

Antes dele, o vice-presidente americano, JD Vance, também em Jerusalém e após reunião com Benjamin Netanyahu, reconheceu que as etapas futuras para o acordo de trégua – incluindo o desarmamento do Hamas e a reconstrução de Gaza – serão extremamente desafiadoras.

Rubio tem um encontro marcado com o primeiro-ministro israelense na sexta-feira para discutir essas questões.

O cessar-fogo, que entrou em vigor em 10 de outubro, foi elaborado com base em um plano compartilhado por Trump, mas sofreu abalos recentes devido a confrontos e acusações mútuas de violação do acordo.

A primeira fase do pacto inclui a liberação de todos os reféns ainda mantidos pelo Hamas desde o ataque de outubro de 2023 que deu início ao conflito, além da retirada das forças israelenses de Gaza e do encaminhamento de ajuda humanitária à população local.

Embora o Hamas tenha libertado alguns reféns vivos e devolvido parte dos corpos dos sequestrados, o processo enfrenta dificuldades pela intensidade dos danos na região. Israel, por sua vez, já devolveu centenas de corpos em troca, mas ainda mantém considerável controle sobre o território palestino, que segue sob cerco.

Segundo a ONU, a assistência humanitária permanece insuficiente, e a situação ainda demanda esforços para implementar as fases seguintes do plano, como a nova retirada militar, o desarmamento do Hamas, a presença de forças de segurança internacionais e a reconstrução da área.

Vance destacou a complexidade de desarmar o Hamas e reconstruir Gaza, além da necessidade de garantir que o grupo deixe de representar uma ameaça para Israel.

O Hamas nega considerar o desarmamento e mantém presença ativa em diversas partes de Gaza, enfrentando ainda grupos armados que acusa de colaboração com Israel.

Netanyahu defende uma reformulação na administração da região para assegurar segurança e estabilidade, buscando a expulsão do Hamas do local.

Nas áreas do sul da Faixa de Gaza, o Exército israelense emitiu advertências para que moradores se afastem de regiões próximas às tropas, gerando relatos de deslocamento e sofrimento entre a população civil.

O conflito recente resultou em milhares de mortes, com vítimas civis significativas tanto do lado israelense quanto palestino, evidenciando o custo humano elevado dessa crise.

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